Museu Antropológico Diretor Pestana é a única instituição do estado a ser contemplada no "Prêmio Darcy Ribeiro de Educação Museal" pelo Ibram

 O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura (MinC), premiou 30 instituições nacionais na 9ª edição do Prêmio Darcy Ribeiro. Este prêmio visa reconhecer e premiar práticas de educação museal realizadas por instituições museológicas privadas sem fins lucrativos, práticas alinhadas aos princípios e diretrizes da Política Nacional de Educação Museal (PNEM).
Com isso, o Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) foi uma das 30 instituições nacionais a receber tal reconhecimento por meio das ações educativas virtuais que vêm sendo realizadas nos últimos anos. As ações, que apresentam o suporte digital como um recurso de democratização das informações devido ao seu potencial de alcance de público nas mais diferentes regiões, proporcionam uma experiência educativa a um público diverso.

A premiação contemplou projetos que impulsionaram a educação museal como um processo abrangente e que abordaram múltiplas dimensões nos âmbitos teórico, prático e de planejamento. Como forma de trabalho constante, mantendo o diálogo entre Museu e comunidade, para o próximo ano o Museu realizará investimentos a partir da premiação para trazer a virtualidade como um processo contínuo.


Esculturas missioneiras estão em restauro

Dez peças do Madp estão em Pelotas para serem restauradas e retornam a Ijuí em fevereiro

 

O Museu Antropológico Diretor Pestana enviou 10 esculturas missioneiras para a Universidade de Pelotas, na última semana, para que sejam restauradas. As esculturas, obras de barroco missioneiro estavam precisando de reparos e uma delas precisava com mais urgência, a de Santo Isidro. “Uma oportunidade muito boa de cooperação com o curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da Universidade de Pelotas”, explica Aline Regiane de Jesus Mota, museóloga e responsável técnica do Museu.

O carregamento das obras foi feito pela equipe do museu com suporte do setor de patrimônio da Unijuí, na qual pode-se observar que a mais pesada, Nossa Senhora da Glória com 1,72 cm, teve que ser carregada entre seis pessoas. A entrega das obras foi feita ao laboratório de madeira do curso de conservação e restauro da UFPEL, acompanhado pela museóloga do MADP e pela coordenadora do laboratório, professora Daniele Fonseca. Dentro do acordo de restauração, Aline explica que as obras serão restauradas nesse laboratório que possui equipamentos adequados, já que elas precisavam passar por Raio-X. “Existem uma série de análises que precisam ser feitas e só com um laboratório especializado se consegue fazer, e também por possuírem todo o suporte de mão de obra qualificada”. 

O acordo prevê que em troca desse trabalho, os alunos do curso da Universidade de Pelotas vão estudar as peças, também vai gerar exposições, qualificação científica e publicações. E em contrapartida ficou acordado que o Museu de Ijuí faria com que as peças chegassem até lá, arcando com o transporte, com uma lista de materiais, para que a restauração aconteça.

“Um processo muito interessante para o Museu, uma demanda cultural e patrimonial da região muito importante. Esses objetos estão em Pelotas, acompanhei eles até lá e a previsão é que eles retornem em fevereiro do ano que vem. Dentro deste acordo, se prevê uma exposição dessas obras restauradas aqui no Museu. Fica o convite prévio de que a comunidade venha conhecer essas obras, após essas Esculturas missioneiras estão em restauro minucioso trabalho de restauro”.

Aline comenta que algumas delas ainda estavam em exposição e outras, devido ao estado de conservação, não estavam expostas há cerca de dois anos. “Então já eram dois anos que estávamos na luta para conseguir restaurar essas peças”. São obras muito antigas. As 10 são de épocas diferentes, as mais antigas são do século 17. “São patrimônios missioneiros da região, com grande expressividade, dada a qualidade técnicas dessas obras, dado o detalhamento dessas esculturas e também pelo porte. São obras de grande imponência que fazem falta dentro da exposição. Muitas pessoas perguntavam sobre o paradeiro delas, que passaram os dois anos em reserva técnica e agora, enfim, o projeto passou a acontecer”.

Os testes já começaram nesta semana, em Pelotas, e agora a etapa de processo de restauro já é outra. “Estamos fazendo um levantamento de informações, fizemos um dossiê técnico, histórico e tudo isso está com eles e cada processo que for sendo realizado será acordado em etapas. O restauro não é linear, não é um produto único, várias coisas interferem nesse resultado final. As expectativas precisam estar alinhadas. O que a comunidade deseja que seja feito, tipo vamos repintar, deixar os traços de pinturas originais que existem ou retirar a camada de pintura que não é mais original, entre outros. A originalidade vai até um ponto e essas obras tem uma história de uso muito grande, já passaram por vários locais até chegar na guarda do museu”, finaliza.


O Cotrijornal: documento de imprensa como fonte de pesquisa sobre o movimento cooperativista

O cooperativismo no Rio Grande do Sul pode ser considerado um dos fatores cruciais para o fortalecimento de diversos segmentos da economia, como exemplos as atividades rurais e agroindustriais em meio às crises e transformações socioeconômicas do país. O Museu Antropológico Diretor Pestana preserva um acervo que representa a memória do cooperativismo gaúcho, um tema bastante pesquisado nas linhas que tratam do desenvolvimento e memória regional: documentos sobre cooperativas na Coleção Cooperativismo; a produção intelectual de docentes da UNIJUÍ; os processos de ensino, pesquisa e extensão no Arquivo FIDENE; as edições do Coojornal e Cotrijornal na coleção Hemeroteca. O Cotrijornal foi produzido pela Cooperativa Tritícola Serrana Ltda (COTRIJUÍ), fundada em 1957 e tem seu destaque, ora por conter todas as edições publicadas, ora por contextualizar uma instituição do noroeste do estado, que atingiu um destaque nacional. 

A mobilização mútua entre pessoas de setores produtivos com interesses e necessidades semelhantes, a intermediação governamental e a parceria entre diferentes instituições não-estatais representam alguns dos aspectos dos movimentos associativos e cooperativistas. Quanto ao envolvimento de diferentes organizações no processo de formação especializada às cooperativas e produtores rurais da comunidade no noroeste é importante salientar o papel da Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado (FIDENE) e sua mantida Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) que, através da criação de cursos e projetos de pesquisa e extensão, participou do processo cooperativista regional. Ainda, no período em que a instituição atuava como Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (FAFI), criada em 1956, já prestava seu apoio às necessidades das organizações locais através do Movimento Comunitário de Base. 

Assim, a produção do Cotrijornal, com 220 edições publicadas entre 1973 e 1994, constitui-se um dos frutos da relação cooperativa e instituição de ensino, a partir de um projeto iniciado no período da FAFI, mas apenas consolidado em 1970, por meio de um convênio da FIDENE com a COTRIJUÍ e a criação do Departamento de Comunicação e Educação da COTRIJUÍ, sob coordenação do professor Rui Polidoro Pinto. O aumento do quadro de associados também motivou a criação do jornal, pois somente através de reuniões e assembleias, a comunicação era insuficiente, principalmente, com relação às orientações técnicas e fortalecimento da identidade cooperativista. 

Portanto, o Cotrijornal, além de contextualizar parte do movimento cooperativista, também integra a memória do jornalismo especializado no Rio Grande do Sul, reunindo um conteúdo direcionado aos cooperados e parceiros da COTRIJUÍ, como também páginas que abordam diferentes temas, incluindo cultura, história, saúde e conteúdo infantil, caso do suplemento Cotrisol, elaborado pela Escolinha de Arte da FIDENE, posteriormente Escola Francisco de Assis e atual Centro de Educação Básica Francisco de Assis (EFA). Como assuntos relacionados ao público-alvo, as edições apresentam reportagens e artigos sobre economia, desenvolvimento regional e aspectos técnicos de atuação dos membros, clientes e empresas ligadas à cooperativa. 

O período de produção do jornal acompanha diferentes fases da trajetória da COTRIJUÍ. O professor de história Josei Fernandes Pereira, que desenvolve sua tese de doutorado na área de história regional*, considera três momentos chaves da cooperativa: criação e consolidação (1957-1970); ampliação significativa dos quadros sociais, capacidade de recebimento, logística e área de atuação (década entre 1970 e início de 1990); estagnação e crise (pós década de 1990). Ele explica que as edições do Cotrijornal enquanto fontes de pesquisa para a historiografia, possibilitam não apenas atestar os registros dos fatos da época e atuação da instituição, mas também constatar a condução dos sujeitos de um determinado contexto social em processo de profunda transformação, a partir de parâmetros ideológicos, que determinam os próprios objetivos editoriais. 

A digitalização das edições do Cotrijornal para pesquisa e preservação dos originais integra uma das atividades realizadas no Projeto Difusão da memória social através da imprensa em ljuí e Rio Grande do Sul: conservação do acervo de jornais e acesso eletrônico às publicações sobre a revolução farroupilha (1838-1840) e o cooperativismo regional (1973-1994), com o financiamento Pró-Cultura RS - Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através do Edital SEDAC nº 07/2021 do Concurso FAC Patrimônio. Ainda que encerrada a publicação, percebe-se a relevância das reflexões que podem ser extraídas do Cotrijornal para novos debates. Por isto, a preocupação do Museu em conservar, organizar e facilitar o acesso ao patrimônio documental que preserva, de maneira a contribuir com a difusão da memória social, através da pesquisa. 

*Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Passo Fundo (UPF), área de concentração História Regional, linha de pesquisa Sociedade e Economia. 

Texto por Amanda Keiko Higashi, arquivista e colaboradora do Museu Antropológico Diretor Pestana.

 


Consumidores do Demei podem ser membros contribuintes do Madp

Campanha “Você reflete a nossa história” foi lançada pelo Museu Antropológico Diretor Pestana nesta quinta-feira.

 

Na tarde desta quinta-feira, 18 de maio, foi realizado o lançamento da campanha do Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp), “Você reflete a nossa história”. A iniciativa busca viabilizar formas de ampliar a contribuição de apoiadores culturais e a participação efetiva da comunidade nas atividades do Museu. Além disso, a ação integra as comemorações dos 62 anos do Madp e a 21ª Semana Nacional dos Museus.

Conforme apresentado pela coordenadora da Assessoria de Marketing da Fidene, Talita Mazzola, a campanha é voltada à comunidade externa, sendo que qualquer pessoa pode se tornar um membro contribuinte do Madp ao autorizar o desconto mensal de determinado valor na conta de energia elétrica do Demei. Para que isso ocorra, basta preencher um formulário de autorização fornecido pelo Museu, que deverá ser entregue na secretaria.

Quem determina o valor é o membro contribuinte, que pode doar R$ 10,00 ou mais todos os meses. Além de ser um apoiador da cultura, os membros contribuintes terão acesso aos eventos promovidos pelo Madp; entrada gratuita em exposições; desconto nos produtos da Loja do Madp; descontos nas taxas de atendimento a pesquisas a distância e de reprodução dos documentos; e isenção da taxa de atendimento a pesquisas presenciais.

Diretora do Madp, Iselda Teresinha Sausen Feil destacou que o Museu sempre esteve presente na comunidade e que essa relação deve ser fortalecida. “Nós somos referência entre os museus antropológicos do Estado e isso se deve ao comprometimento que temos com a história, ao fato de priorizamos a humanização, o protagonismo e a pesquisa. Para quem ainda se questiona sobre a importância da memória, da história, digo que é para não perdermos o rumo. Ao retomarmos a história, percebemos o quanto produzimos e o quanto ainda falta produzir”, disse.

Presidente da Associação dos Amigos do Museu, Vivian Stroschein destacou que a entidade é uma aliada, a quase 40 anos, das atividades desenvolvidas pelo Museu, auxiliando na manutenção e na guarda do seu acervo, na divulgação de exposições e eventos, e na disseminação da relevância do Museu para a cidade e região. Ela ressaltou a importância de a comunidade abraçar a campanha, tornando-se um membro contribuinte.

Presidente da Fidene e reitora da Unijuí, a professora Cátia Maria Nehring agradeceu à equipe que ajudou o Museu a trilhar seus 62 anos de história. E lembrou do desafio do Madp em mostrar a sua importância para a cidade e para a região. “Como podemos fazer com que cada cidadão que nasce, que passa ou que está em Ijuí veja o Museu como uma referência? Que saia da cidade e lembre deste espaço onde estiver? Esse é um desafio. E a campanha é mais uma marca que deixamos neste aniversário. Um convite para que nossa comunidade ajude a preservar a memória, a manter o acervo e a fazer aquilo que não abrimos mão, que é fortalecer a pesquisa”, reforçou a reitora.

Ao fazer um breve resgate da história do Madp e dos desafios já enfrentados, o professor de História, ex-diretor do Museu e membro da Associação de Amigos, Jaeme Callai, lembrou de uma definição que ouviu, de que o Museu Antropológico Diretor Pestana tinha identidade. E lembrou do relevante papel que têm os profissionais do Museu desde a seleção de peças, preservação dos objetos históricos, até o resgate de histórias e a seleção do que será contado à comunidade - uma parte desta identidade construída. “O Museu faz um grande esforço, um grande trabalho pelo resgate da memória, mas queremos construir junto com a comunidade a identidade que a comunidade tem ou quer ter”.

Para saber mais sobre a campanha, acesse este link.

 


Seja um Membro Contribuinte do Museu

Manter, preservar e divulgar os acervos que compõem o Museu é imprescindível e, para isso, precisamos do apoio de todos. 

Nesse sentido, o MADP está promovendo a Campanha "Você reflete a nossa história", como forma de ampliar o seu número de Membros Contribuintes. 

Para participar é simples, basta fazer uma contribuição mensal através do desconto na Conta de Energia Elétrica (DEMEI), preenchendo este formulário de autorização (clique aqui) fornecido pelo Museu Antropológico Diretor Pestana. O documento deve ser entregue na secretaria do Museu para então ser encaminhado o desconto.

Quem determina o valor é o próprio Membro Contribuinte, com o valor de contribuição a partir de R$10,00.

Além de ser um apoiador da cultura, os Membros Contribuintes terão:

  • Acesso aos eventos promovidos pelo Madp.
  • Entrada gratuita em exposições.
  • Desconto nos produtos da Loja do Madp.
  • Descontos nas taxas de atendimento a pesquisas a distância e de reprodução dos documentos.
  • Isenção da taxa de atendimento a pesquisas presenciais.

Participe!


Produção de Jogos Virtuais Educativos para o Museu Antropológico Diretor Pestana

Nos últimos tempos o uso da tecnologia como ferramenta aliada ao processo educativo tem sido uma tendência e o MADP tem procurado acompanhar esse processo tanto em sua Exposição de Longa Duração, onde foram instalados oito monitores touch que permitem o público acessar informações complementares ao acervo exposto, como também mantendo um canal de interatividade através das mídias sociais.

A inserção de jogos virtuais nos monitores da Exposição de Longa Duração e nas mídias sociais irão possibilitar ao Museu uma maior aproximação com o público, especialmente jovem que estão acostumados a essas novas formas de aprendizagem como também estimular a busca de mais conhecimentos sobre a história e cultura de Ijuí e região.

A produção do jogo “Território”, em muito contribuirá para o debate que se estabelece na seção Primeiros Habitantes do RS e nas Exposições Temporárias com esta temática a respeito do conceito de território na concepção indígena, que é bastante diferente da lógica implantada pelo colonizador. A questão de território, sustentabilidade, equilíbrio e respeito à diversidade são assuntos que ainda hoje geram conflitos e debates. Promover essa reflexão é premente a fim de conscientizar as novas gerações para que seja possível no futuro uma relação mais harmônica e respeitosa para com os remanescentes dos primeiros habitantes desta terra.

O jogo de “Quebra-cabeças Virtuais'', com fotos do acervo do Museu possibilitam de maneira lúdica, a apropriação de informações sobre a história de nosso município e região. Pretende-se fazer conjuntos de fotos abordando temáticas relacionadas ao processo de ocupação do território noroeste do RS, ocupado a partir do final do Século 19 com colonizadores de diversos países europeus. Para ter um alcance regional, atingindo a área de influência do Museu, as fotografias selecionadas serão representativas de um conjunto de atividades comuns nesta região, sendo passíveis de serem usadas por educadores e visitantes de outros municípios.

Clique aqui para jogar! 


Jornal O Povo

O Museu Antropológico Diretor Pestana preserva as edições de O Povo: jornal político, literário e ministerial da República Rio Grandense, produzido por Luigi Rossetti, um jornalista italiano, carbonário e participante da Guerra dos Farrapos. Rossetti recebeu o apoio e financiamento do líder farroupilha Domingos José de Almeida durante a produção, resultando em 160 edições publicadas entre 1838 e 1840, sempre aos sábados e quartas-feiras, com média de 9 edições mensais, impressas em Piratini e em Caçapava do Sul. No último ano de circulação do periódico, houve uma queda de publicações atingindo pouco mais de 3 edições ao mês e possivelmente, seu fim decorreu das dificuldades do conflito.
Conforme o título propriamente dito, considera-se um jornal político por divulgar os ideais republicanos e combater o regime imperial brasileiro, de modo a transmitir as convicções revolucionárias através das matérias. Portanto, percebe-se o esforço de propaganda e educação política. Também é literário pelas informações culturais e de interesse geral do cotidiano na província, tais como oferta de negócios e ocorrências policiais. Em sua dimensão ministerial, o conteúdo é direcionado aos atos administrativos do Governo Farrapo e acontecimentos da guerra. Assim, compreende-se um jornal de ideias e um testemunho sobre um dos mais marcantes eventos da história rio-grandense, por isso, uma valiosa fonte documental. Dada a importância histórica, em 1930, o Museu e Archivo Histórico do Rio Grande do Sul, reproduziu as edições no formato de publicação fac-símile.

No MADP, há 2 exemplares do fac-símile que traz as 160 edições de O Povo, cuja digitalização está sendo realizada a partir do projeto “Difusão da memória social através da imprensa em Ijuí e Rio Grande do Sul: conservação do acervo de jornais e acesso eletrônico às publicações sobre a Revolução Farroupilha (1838-1840) e o cooperativismo regional (1973-1994)”. Este projeto recebe financiamento do Pró-Cultura RS – Governo do Estado do Rio Grande do Sul, aprovado no Concurso FAC Patrimônio, Edital SEDAC no 07/2021. A iniciativa de reproduzir o periódico para o meio digital oportuniza a preservação dos exemplares em papel e especialmente facilita o acesso ao seu conteúdo à comunidade interessada.

Texto por Amanda Keiko Higashi, arquivista e colaboradora do Museu Antropológico Diretor Pestana.
Informações históricas: colaboração do Prof. Jaeme Callai, professor de História Unijuí; texto do fac-simile O Povo: jornal político, literário e ministerial da República Rio Grandense. Série Documentos interessantes para o estudo da grande revolução de 1835-1845, v.1. Publicação do Terceiro Departamento (História Nacional) do Museu e Archivo Histórico do Rio Grande do Sul (Museu Júlio de Castilhos). Porto Alegre: Livraria do Globo, 1930.

 


Conversa virtual sobre práticas museológicas acontece na próxima terça-feira no canal de Youtube do Museu

Na próxima terça-feira, dia 29 de novembro, às 15h, acontecerá a transmissão da conversa virtual “Práticas museológicas em reserva técnica”, no Canal do Youtube do Museu (https://www.youtube.com/museuantropologicodiretorpestana), no qual abordará os resultados do projeto Mecenato de revitalização da reserva técnica, que encontra-se na reta final. A conversa visa problematizar os processos desenvolvidos, bem como os desafios da documentação e da conservação dos objetos.

O encontro terá a presença de Noris Leal, Doutora em Memória Social e Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Pelotas - UFPel. Professora Adjunta e membro colegiado do Bacharelado em Museologia - UFPel; e Aline Mota, bacharel em Museologia pela Universidade Federal de Pelotas e Museóloga do Museu Antropológico Diretor Pestana - Ijuí.

O objetivo desta conversa virtual é apresentar à comunidade as melhorias executadas em prol da preservação do acervo em reserva técnica desenvolvida por meio do Projeto Plano Plurianual de Atividades: Documentação Museológica e Manutenção do Acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana aprovado pelo Ministério da Cidadania, PRONAC 192683, com captação e execução de 2020 a 2022.

Os participantes do evento receberão a certificação de participação de 2h. Inscrições disponíveis através do link: https://forms.gle/EyBmt2GQynjDUwru6

 


Projeto de conservação e difusão do acervo de imprensa e a valorização da memória social

O projeto “Difusão da memória social através da imprensa em ljuí e Rio Grande do Sul: conservação do acervo de jornais e acesso eletrônico às publicações sobre a revolução farroupilha (1838-1840) e o cooperativismo regional (1973-1994)” está na fase de execução pela Associação de Amigos do Museu  Antropológico Diretor Pestana e o MADP. O projeto é financiado pelo Pró-Cultura RS - Governo do Estado do Rio Grande do Sul - Edital SEDAC nº 07/2021 do Concurso FAC Patrimônio.

Dois equipamentos foram adquiridos para a melhoria do laboratório de reprodução documental, local onde os documentos do acervo preservado pelo Museu são digitalizados para gerar arquivos digitais de representação dos originais, de modo a facilitar o acesso ao conteúdo pelos pesquisadores e evitar o manuseio, contribuindo para a conservação do papel e de outros materiais preservados. O primeiro equipamento a ser instalado foi um ar-condicionado para a manutenção das condições climáticas do ambiente, conforme os padrões recomendados de temperatura e umidade relativa do ar, monitorados diariamente. O segundo equipamento instalado foi um scanner de mesa para documentos de grande dimensão como jornais, cartazes e mapas, que inclui vários tamanhos como A3 e A2. A digitalização de 2 páginas de jornal, por exemplo, pode ocorrer em menos de 40 segundos, mantendo-se a alta qualidade de resolução em formato recomendado por normas arquivísticas. No projeto, os documentos selecionados para a reprodução de preservação e de acesso à pesquisa foram as edições Cotrijornal (1973-1994) e O Povo (1838-1840).

Para a atividade de digitalização, contratou-se uma estagiária do curso técnico de informática da Escola Técnica Estadual 25 de Julho, que muito tem contribuído com o processamento.   

 

Texto: Amanda Keiko Higashi, Arquivista do Museu Antropológico Diretor Pestana.

 


Projeto de conservação e difusão valoriza a memória social do Rio Grande do Sul através do acervo de imprensa

A Associação de Amigos do Museu  Antropológico Diretor Pestana e o MADP estão executando o projeto “Difusão da memória social através da imprensa em ljuí e Rio Grande do Sul: conservação do acervo de jornais e acesso eletrônico às publicações sobre a revolução farroupilha (1838-1840) e o cooperativismo regional (1973-1994)”, através de financiamento do Pró-Cultura RS - Governo do Estado do Rio Grande do Sul - Edital SEDAC nº 07/2021 do Concurso FAC Patrimônio. O projeto tem como meta geral a aquisição de equipamentos para conservação preventiva do acervo de jornais e a digitalização de alguns títulos dessa coleção, a fim de garantir a preservação em longo prazo dos originais, por meio do acesso aos representantes digitais e seu inventário pela internet. A hemeroteca existente no Museu representa a memória da imprensa de Ijuí e parte do Estado do Rio Grande do Sul, incluindo exemplos como, Jornal da Manhã (ainda produzido desde 1973), Correio Serrano (1917-1988) e Die Serra Post (1919-1984). As ações executadas prevê melhorias no armazenamento dos originais de toda a coleção e facilitará a consulta das edições dos títulos Cotrijornal (1973-1994) e O Povo (1838-1840). O Cotrijornal, produzido pela Cooperativa Tritícola Serrana Ltda (COTRIJUÍ), reúne 225 edições e integra a memória do movimento cooperativista gaúcho, um tema bastante procurado nas áreas que tratam do desenvolvimento regional. O Povo é caracterizado como um jornal político, literário e ministerial da República Rio Grandense, que foi produzido pelo governo em Piratini no período que abrange a Revolução Farroupilha. Assim, como toda instituição que preserva documentos de valor histórico, o Museu busca garantir as condições adequadas de conservação, como também garantir o acesso da comunidade ao patrimônio documental.

 

Texto: Amanda Keiko Higashi, Arquivista do Museu Antropológico Diretor Pestana.