Nos encontramos em um período da história, onde usamos e observamos meios de transporte movidos a combustível, queima de materiais, fumaça, buzinas e congestionamentos. Uma cena quase caótica. Porém, nos primórdios de nossa cidade, os cidadãos se locomoviam como a época ditava: força animal. Cavalos e carroças, o transporte seja de pessoas ou de cargas, passava por esses personagens, a implementação dos animais na forma de se locomover era a saída lógica para o período.
O uso da roda como tecnologia, em conjunto do poder de resistência dos animais, fazia a paisagem das ruas e dos viajantes, pelo menos até 1911, com a chegada do trem na colônia. Só se transportava mercadorias sobre carroças, e só se deslocava com elas também. Independente do poder aquisitivo da família, ou do propósito de trabalho do sujeito, a força animal estava sempre presente, das charretes mais luxuosas para viagem, até os comboios de cargas para o comércio.
Cavalos e mulas são protagonistas de quase todo transporte e expedição feito por terra, na região, no Estado, País, e no mundo, até meados do século XX, onde a invenção dos automóveis e a chegada do trem afastou os animais do serviço, parcialmente.
Aliado da produção, o meio de transporte é um fator que moldou o desenvolvimento da cidade, a velocidade de locomoção, a facilidade e o acesso da população, foram definindo os caminhos para o crescimento de Ijuí.
No Museu você encontra mais registros sobre a temática, e também acompanhará futuramente nas redes do Madp uma série especial dedicada aos diferentes meios de transportes, de Ijuhy Colônia até os tempos atuais.
Texto: Giordano Toniazzo, estagiário vinculado ao Madp.