No último evento “Domingo no Museu”, pude testemunhar algo extraordinário: nosso museu recebeu um presente especial. Não falo de um presente físico, mas de algo muito mais valioso: a presença e o envolvimento da comunidade. Este dia foi um verdadeiro presente para todos nós.

Estávamos comemorando antecipadamente o aniversário do museu, que completa 63 anos no próximo dia 25. A celebração incluiu uma surpresa para o museu, uma forma de homenagear sua história e importância para a nossa cidade. Mas, mais do que presentes materiais, o que realmente se destacou foi a presença das pessoas, trazendo suas memórias, conversas e histórias.

Ao caminhar pelo museu naquele domingo, percebi a alegria no ar. Vi pessoas redescobrindo belezas que talvez tivessem visto várias vezes antes, mas agora com um novo olhar, sentindo aromas e cores de maneira diferente. Eu me senti como alguém estreando em uma festa única, onde todos estavam contentes: o museu e seus visitantes.

O museu estava em festa, cercado por tanta gente. Adultos encantados com a música, crianças correndo entre eles, todos compartilhando momentos e histórias. Essa interação me fez refletir sobre a importância do museu para a nossa cidade. Um museu não é apenas um lugar que guarda objetos; ele é um espaço de memória, de encontros e de aprendizado.

Ao longo do evento, ficou claro para mim que o museu tem muito mais histórias para contar. Cada visita é uma oportunidade de receber novos presentes, cheios de histórias, narrativas e imagens que conectam diferentes gerações. Vi isso claramente ao observar crianças se encantando com a história, adultos se emocionando com as músicas e idosos compartilhando suas memórias.

O museu, com seus 63 anos, ainda está em plena juventude. Ele consegue fazer da história algo sempre novo, nos mostrando que, mesmo nas derrotas e nos conflitos, há sempre algo a aprender. A presença de todos naquele domingo, celebrando juntos, mostrou que o museu é um verdadeiro círculo de cultura, um espaço onde todas as gerações se encontram e se alimentam das histórias uns dos outros.

 

Depoimento de Iselda Sausen Feil, Diretora do Museu Antropológico Diretor
Pestana.
Fotografia: Diretora do Madp em frente a sede do Museu, 2024