A lanterna mágica, também conhecida como fantasmacópio, é considerada a precursora do cinema e tem sua origem na câmera escura. Embora haja várias teorias sobre seu surgimento, a sua invenção é atribuída ao físico e astrônomo holandês Christiaan Huygens, no Século XVII.
Mas porque Fantasmacópio?
Na Europa do século XVIII até o início do Séc. XX, artistas usavam a lanterna mágica como uma forma de entretenimento visual: invocavam o sobrenatural projetando imagens de supostos espíritos em meio a misteriosas encenações chamadas “fantasmagoria”, que eram populares entre a nobreza e também entre a plebe em geral.
O Museu possui uma lanterna mágica, ela é do final do século XIX e foi fabricada na Alemanha. Pertenceu à família de Otto Rüdell, antigo médico de Augusto Pestana, e era usada para projetar histórias infantis. Foi doada pela filha do Dr. Otto, Hedwig Wernich, residente em Rockenberg – Alemanha, juntamente com chapas de vidro pintadas à mão com gravuras de temas infantis. Sua estrutura é relativamente simples: um cilindro de metal com lente para projeção das chapas de vidro. Na parte oposta à lente possui uma porta para colocação de lamparina de querosene e na parte superior uma chaminé para saída de fumaça. A luz interna produzida por uma lamparina projeta pela lente a imagem em uma superfície branca e lisa (como os projetores de slides).
Texto: Belair Aparecida Stefanello, educadora vinculada ao Madp.
Fotografia: Lanterna mágica preservada pelo Museu Antropológico Diretor Pestana em espaço expositivo.