Conversas Virtuais sobre letramento racial acontece no Museu na próxima quarta-feira
No dia 29 de novembro, de forma online no youtube do Museu Antropológico Diretor Pestana, acontecerá mais um encontro da série “Conversas Virtuais”, trazendo como pauta o letramento racial.
O objetivo do encontro é promover a conscientização, compreensão e reflexão crítica sobre questões relacionadas à diversidade cultural, visando capacitar as pessoas a reconhecer, analisar e desafiar as formas como o racismo estrutural e as práticas discriminatórias se manifestam na sociedade.
A atividade contará com a participação de Thayane Madruga, jornalista, doutoranda em Práticas Socioculturais e Desenvolvimento Social pela Unicruz - Cruz Alta e criadora do "Projeto Narrativas Negras"; tendo a mediação de Aline Mota, museóloga do Museu Antropológico Diretor Pestana.
Thayane Madruga, ressalta que espalhar conhecimento é fundamental. Ainda temos muito o que aprender sobre as questões raciais do Brasil e o impacto da desigualdade social na vida de determinados grupos. O Letramento racial é uma forma de revisitar a história do Brasil pela ótica daqueles que o construíram, é (des) e (re) construir conceitos e poder entender melhor toda a potência, influência e relevância da cultura negra desde a época da escravidão até a sociedade de hoje.
Acesse aqui e participe!
Museu recebe visita de representantes do Sicredi das Culturas RS/MG
Na manhã de hoje, 17 de novembro, o Museu recebeu a visita do Sicredi das Culturas RS/MG, representados a partir do seu presidente Elmo Pedro von Mühlen e o seu vice-presidente Paulo Rogério Sapiezinski.
Os representantes foram recebidos pela equipe do Museu, onde puderam conhecer de perto o trabalho que vem sendo realizado e desenvolvido pela instituição. A diretora do Madp, Iselda Sausen Feil, reforça que estas visitas, que foram propostas para 2023, trazem mais visibilidade ao Museu, sendo estimulados em voltar novamente, sendo sensibilizados e descobrindo que aqui existe uma história a ser lida e relida.
Seguimos abertos para receber mais visitas e estreitar a relação com a comunidade por meio conversas sobre o Museu Antropológico Diretor Pestana.
Baixe o caderno de Educação Patrimonial, jogue e descubra a cidade de Ijuí
Este caderno foi feito com o objetivo de ajudar a entender o que é patrimônio cultural e sua importância para a vida das pessoas, pois o patrimônio cultural tem a ver com nossa história, nossa memória, nossa cultura, portanto com nossa identidade enquanto indivíduos e comunidade. Além dos conceitos que nos fazem compreender sobre o patrimônio cultural local, você pode baixar o jogo de tabuleiro referente a ação educativa proposta pelo Museu.
O caderno é parte integrante do Projeto Valorização do patrimônio imaterial de Ijuí – As Benzedeiras, realizado pela Prefeitura Municipal de Ijuí e Governo do RS, e teve por objetivo a produção de um documentário e de uma exposição fotográfica sobre as atividades das benzedeiras e benzedores em Ijuí/RS.
O Projeto ao abordar a temática do benzimento pretendeu provocar uma reflexão sobre a importância do patrimônio material e imaterial na identidade da comunidade ijuiense uma vez que a figura das benzedeiras e dos benzedores, enquanto ícone de saberes e religiosidade, foi durante muito tempo a única alternativa a recorrer para sanar mazelas, tanto de ordem física quanto espiritual, razão pela qual era altamente requisitada e prestigiada. Portanto os registros destas atividades contribuirão para o empoderamento e dignificação destes personagens ainda presentes, embora em menor número, na vida e no imaginário cultural local.
Clique aqui, baixe o documento e divirta-se:
Museu abre nova exposição temporária
Na tarde do dia 08 de novembro de 2023, o Museu realizou a abertura da Exposição Temporária "Esculturas de Ludwig Reichardt Filho: um artista que vislumbrou a natureza", que estará presente no Espaço Ijuí Hoje até o dia 29 de dezembro de 2023. O evento contou com a presença de amigos e familiares de Ludwig, que puderam relembrar a trajetória e obra do artista, e parte desse legado encontra-se exposta no Museu. Todas as suas esculturas foram feitas a partir de pedaços de madeira provenientes de plantas mortas, pela ação antrópica ou pela própria natureza, sem que houvesse o sacrifício de alguma planta para a produção das obras. Assim, seu trabalho dependia do seu “encontro” com alguma raiz, galho ou tronco de árvore. Cada peça é “vislumbrada” pelo autor, única, inimitável e dona de uma história, sensações, emoções e lembranças.
Francesca Werner Ferreira, presidente da Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural (AIPAN) e uma das curadoras da Exposição, conta que, dentro do processo de montagem da exposição e escolha das obras, apesar de difícil, buscou-se expressar as diversas fases de representações do artista e as diversas fases do ambientalista. Asta Reichardt, esposa do artista, comenta sobre a emoção em ver as esculturas expostas no Museu, tão bem colocadas, trazendo muitas recordações pessoais. O visitante Douglas de Jesus, representante da Associação de Artistas Visuais de Ijuí (AAVI), que também esteve presente no evento, relata que se deparou com várias obras em exposição que possuem grandes significados dentro de suas abordagens ambientais, também servindo de inspiração para o seu trabalho como artista.
Sobre o artista: O artista e ambientalista Ludwig nasceu em 1936 em Lajeado (RS) e com a família radicou-se em Ijuí, onde foi um cidadão com muitas atividades junto à comunidade ijuiense, para além da sua formação profissional como contabilista. Foi um dos fundadores da AIPAN em 1973, ocupando por diversas vezes a cadeira de presidente, além de outros cargos na diretoria. Nas suas palavras, era amante das coisas da natureza e preocupado com o problema da poluição ambiental em suas diversas formas.
Madp recebe a comunidade regional em mais uma edição do Domingo no Museu
O Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) promoveu neste dia 5 de novembro, mais uma edição do Domingo no Museu. Com entrada gratuita, o evento contou com uma programação expositiva e intervenções artísticas.
Além da exposição de Longa Duração presente de forma fixa no Madp, também estiveram disponíveis ao público e as mostras temporárias “1, 2, 3, e já… o lúdico na diversidade étnica sul-rio-grandense”, que abordou a história de brincadeiras e brinquedos que marcaram gerações, onde o público infantil pode interagir com a exposição por meio de um jogo de tabuleiro, e a “Saberes e sabores: erva-mate”, que conta um pouco sobre a história dessa bebida tão tradicional aqui no Estado.
A aposentada Sirlei Buchanelli, veio de São Martinho para visitar familiares em Ijuí e aproveitou para conhecer o Museu. “Gostei muito das exposições. Pude voltar no tempo e ver coisas que me remeteram à juventude. Poder vir aqui no domingo foi uma oportunidade muito boa já que não consigo vir durante a semana", destacou.
Já Diogo Cigana é morador de Ijuí e aproveitou para apresentar o museu para os seus filhos. “Acho muito interessante a gente reviver um pouco da cultura dos nossos antepassados. As exposições mostram também coisas que existiam antigamente e que agora estão voltando de uma forma mais digital. Trouxe meus filhos para que eles possam ver e acompanhar esse processo de evolução. Por mais que eles ainda sejam crianças, é importante para que eles criem essa memória de como era antigamente e como é agora", pontuou.
Os visitantes tiveram também a oportunidade de participar de uma roda de conversa com membros da Comunidade Quilombola Passo do Araçá, de Catuípe, que compartilharam suas vivências e comercializaram produtos feitos na própria comunidade. Finalizando a edição de novembro, foram realizadas intervenções artísticas do Grupo de Dança “Charme da Liberdade”, do Grupo Cultural Herdeiros de Zumbi.
Para a diretora do Madp, Iselda Sausen Feil, o Domingo no Museu foi bastante interessante. “Contamos com a participação da comunidade que interagiu com as atividades. Tivemos a oportunidade de falar sobre representatividade, sobre a história da comunidade quilombola em uma roda de conversa singela e, ao mesmo tempo, profunda. Além disso, pudemos assistir a apresentação do grupo afro, movimento importante. Então, foi uma tarde de conhecimento e culturas compartilhadas”, avaliou.