Museu recebe Grupo Terapêutico da Coordenadoria da Mulher

Na tarde de ontem, 26 de julho, o Museu recebeu a visita do Grupo Terapêutico da Coordenadoria da Mulher. O grupo prevê a troca de experiências e interações baseadas na identificação e similaridade das integrantes, para o desenvolvimento pessoal a partir do conhecimento de si e dos outros.

Segundo Mônica Barboza, Coordenadora da Coordenadoria da Mulher, a visita ao Museu foi planejada com o intuito de conhecer este ambiente, oportunizando o grupo vivenciar um pouco da história do município, mas principalmente reconhecer como as mulheres integraram este processo. Mônica ainda destaca que a visitação foi muito agradável, recheada de história e identificação com o feminino e seu papel na sociedade.


Difusão do acervo traz pesquisadores ao Museu

Mostrando o alcance da divulgação do acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp), através do trabalho realizado pelas diferentes ferramentas de divulgação, a instituição recebeu uma demanda de pesquisa relacionada às bonecas que compõem a materialidade preservada pelo Madp. Essa pesquisa auxiliará Laura Beatriz Metz Martins, 1ª Prenda Mirim da 9ª Região Tradicionalista, em uma das provas que ela precisará realizar em maio de 2024, quando representará a região na "53ª Ciranda Cultural de Prendas", em sua fase estadual, na cidade de Porto Alegre.

Linara Letícia Metz Martins, mãe de Laura, acompanhou a pesquisa desenvolvida na Sala de Pesquisas do Museu e comentou que procurou o Museu após ver o conteúdo publicado na Coluna do Madp, pelo Jornal da Manhã, que contava a história de uma boneca de porcelana, objeto preservado pela instituição. Como o tema da pesquisa era sobre as bonecas, eles logo se dirigiram ao Museu. Linara destaca que no dia da pesquisa, Laura saiu encantada com as bonecas e, principalmente, com o cuidado na manipulação dos objetos.

Também esteve presente, durante a pesquisa, Victória Luisa da Rosa Ribeiro, atualmente estudante de Medicina da Unijuí e vice-diretora cultural da 9ª Região Tradicionalista, que relatou que acompanha o Instagram do Museu e, no dia do lançamento do filme da "Barbie", viu uma postagem no feed sobre o acervo de bonecas preservadas pelo Madp. Ela logo compartilhou o conteúdo com Linara, mãe de Laura.

Aline Mota, museóloga que coordenou a pesquisa, foi responsável pela organização do acervo e orientou a manipulação dos objetos, seguindo todos os cuidados necessários para a preservação dos mesmos.


Visitas no Museu

O Museu pode ser visto como programa educativo, cultural e lúdico que faz recordar, refletir, emocionar, e que pode ser feito a qualquer hora.

Às vezes acompanhado, outras sozinho, são duas experiências diferentes, ambas cheias de sentidos/significados e possibilidades. Podemos considerar que Museus são espaços em que se pode interagir com as diferentes linguagens presentes e mesmo que não se leia todas, ou pensamos que não existem, elas existem, como por exemplo, o silêncio. Quem já ouviu o silêncio? Ele existe e tem muitas coisas para nos dizer.

O Museu se caracteriza como um lugar de encontro do passado com o presente e com a possibilidade de sonhar com um futuro, um local de encontro com pessoas de lugares, culturas diversas, um encontro de aprendizagens. Essa reflexão complementa observações realizadas nos últimos dias, onde recebemos e acolhemos visitantes de vários estados, como: Sergipe, Pará, Maranhão, Bahia, Santa Catarina e também pessoas de outras regiões do Rio Grande do Sul, advindas da cidade de Lajeado, por exemplo. Esses visitantes trazem suas experiências, histórias e vivências, não saindo indiferentes após percorrerem o espaço expositivo, isso porque saem tocados pelos objetos e discurso proposto pela exposição.

Dentro de um recorte referente ao período de férias escolares no mês de julho, podemos observar que cotidianamente a circulação de pessoas procedentes de diferentes regiões buscam o Museu como uma opção de lazer, reforçando o dinamismo destes espaços. Ficamos felizes pelas visitas mas, ao mesmo tempo, continuamos estimulando o público a visitar o Madp.

As portas estão abertas! Venha curtir este programa!

 

Texto por Iselda Sausen Feil, Diretora do Museu.


Estudantes da Universidade do Vale do Taquari realizam visita de estudos no Museu

Na tarde da última quinta-feira, 20 de julho, o Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) recebeu a turma de mestrandos e doutorandos da disciplina de Patrimônio Ambiental e Cultural do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento da Universidade do Vale do Taquari, localizada em Lajeado, RS.

O grupo de estudantes, oriundo de diversas cidades do Rio Grande do Sul e do Maranhão, contemplou os espaços de exposição do Museu, dentro de uma visitação mediada. A visita está prevista dentro da disciplina do programa, que ocorre totalmente a partir de atividades de campo, e um dos pontos mais importantes, e que encerra o roteiro, traz o aspecto positivo da musealização e patrimonialização da história brasileira a partir do trabalho do Madp.

Neli Galarce, professora que acompanhou os estudantes durante a viagem, comenta que já são mais de 10 anos de visitações ao Museu e, como sempre, foram muito bem recebidos pela equipe diretiva e pelos técnicos, salientando que a equipe apresenta todos os espaços de expografia, desde a de longa duração até as exposições temporárias.

“Existe uma frase que dizemos para os alunos: ‘o Museu Diretor Pestana é a nossa cereja do bolo!’, ou seja, consideramos o espaço museológico como um dos exemplos mais importantes para o entendimento de como as cidades devem tratar sua história e seu patrimônio”, destacou a professora.


Esculturas missioneiras estão em restauro

Dez peças do Madp estão em Pelotas para serem restauradas e retornam a Ijuí em fevereiro

 

O Museu Antropológico Diretor Pestana enviou 10 esculturas missioneiras para a Universidade de Pelotas, na última semana, para que sejam restauradas. As esculturas, obras de barroco missioneiro estavam precisando de reparos e uma delas precisava com mais urgência, a de Santo Isidro. “Uma oportunidade muito boa de cooperação com o curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da Universidade de Pelotas”, explica Aline Regiane de Jesus Mota, museóloga e responsável técnica do Museu.

O carregamento das obras foi feito pela equipe do museu com suporte do setor de patrimônio da Unijuí, na qual pode-se observar que a mais pesada, Nossa Senhora da Glória com 1,72 cm, teve que ser carregada entre seis pessoas. A entrega das obras foi feita ao laboratório de madeira do curso de conservação e restauro da UFPEL, acompanhado pela museóloga do MADP e pela coordenadora do laboratório, professora Daniele Fonseca. Dentro do acordo de restauração, Aline explica que as obras serão restauradas nesse laboratório que possui equipamentos adequados, já que elas precisavam passar por Raio-X. “Existem uma série de análises que precisam ser feitas e só com um laboratório especializado se consegue fazer, e também por possuírem todo o suporte de mão de obra qualificada”. 

O acordo prevê que em troca desse trabalho, os alunos do curso da Universidade de Pelotas vão estudar as peças, também vai gerar exposições, qualificação científica e publicações. E em contrapartida ficou acordado que o Museu de Ijuí faria com que as peças chegassem até lá, arcando com o transporte, com uma lista de materiais, para que a restauração aconteça.

“Um processo muito interessante para o Museu, uma demanda cultural e patrimonial da região muito importante. Esses objetos estão em Pelotas, acompanhei eles até lá e a previsão é que eles retornem em fevereiro do ano que vem. Dentro deste acordo, se prevê uma exposição dessas obras restauradas aqui no Museu. Fica o convite prévio de que a comunidade venha conhecer essas obras, após essas Esculturas missioneiras estão em restauro minucioso trabalho de restauro”.

Aline comenta que algumas delas ainda estavam em exposição e outras, devido ao estado de conservação, não estavam expostas há cerca de dois anos. “Então já eram dois anos que estávamos na luta para conseguir restaurar essas peças”. São obras muito antigas. As 10 são de épocas diferentes, as mais antigas são do século 17. “São patrimônios missioneiros da região, com grande expressividade, dada a qualidade técnicas dessas obras, dado o detalhamento dessas esculturas e também pelo porte. São obras de grande imponência que fazem falta dentro da exposição. Muitas pessoas perguntavam sobre o paradeiro delas, que passaram os dois anos em reserva técnica e agora, enfim, o projeto passou a acontecer”.

Os testes já começaram nesta semana, em Pelotas, e agora a etapa de processo de restauro já é outra. “Estamos fazendo um levantamento de informações, fizemos um dossiê técnico, histórico e tudo isso está com eles e cada processo que for sendo realizado será acordado em etapas. O restauro não é linear, não é um produto único, várias coisas interferem nesse resultado final. As expectativas precisam estar alinhadas. O que a comunidade deseja que seja feito, tipo vamos repintar, deixar os traços de pinturas originais que existem ou retirar a camada de pintura que não é mais original, entre outros. A originalidade vai até um ponto e essas obras tem uma história de uso muito grande, já passaram por vários locais até chegar na guarda do museu”, finaliza.


Programação cultural do Domingo no Museu levou a comunidade até o Madp

Com o intuito de aproximar a comunidade do Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp), neste domingo, 09, aconteceu uma edição especial do Domingo no Museu.  O evento contou com programação gratuita à população, que integrou  diversas exposições, atração musical, além de manifestação de artistas e escritores. 

Os visitantes puderam ver a Exposição de Longa Duração que evidencia a trajetória humana em Ijuí e região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Na sala de Exposições Temporárias, o Museu está com a mostra “Usina Velha (1923-2023): História Energética e Ambiental”, que conta os 100 anos da fundação da Usina Velha, por meio do projeto “Conhecer para Preservar”. 

No Palco Alberto, no hall de entrada do Madp, Daiana Dal Ross, foi a atração musical. No mesmo local, o público infantil se divertiu com o mural para pintura. 

No Espaço Ijuí Hoje, está a Exposição “Arte e Literatura”, um trabalho em conjunto da Associação de Artistas Visuais de Ijuí e Círculo de Escritores Letra Fora da Gaveta. As peças da Exposição foram criadas através das obras literárias de escritores ijuienses. “É um projeto inovador, mas acho que isso faz o artista crescer, quando você se desafia e consegue se superar. Convido a comunidade para conhecer as obras e viver uma experiência inovadora”, disse o presidente da Associação de Artistas Visuais de Ijuí, Vilmar Viecili.

Durante a tarde, os escritores tiveram a oportunidade de ler suas histórias para o público presente, e os artistas puderam explicar o processo criativo das obras. O presidente do Círculo de Escritores Letra Fora da Gaveta, Juarez Folleto, agradeceu ao Museu pelo apoio. “Este é o segundo evento que nós trabalhamos com a Associação de Artistas Visuais de Ijuí, por isso agradeço ao Madp, por unir a literatura e as artes visuais,  fazendo com que a arte e a cultura de Ijuí aconteçam no melhor espaço possível”, concluiu. A Exposição segue no Madp até sexta-feira, 14. 

A diretora do Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp), Iselda Sausen Feil, avaliou o evento. “Foi uma tarde maravilhosa e bem produtiva com o público que compareceu ao Madp para acompanhar a Exposição e manifestação da Associação de Artistas Visuais de Ijuí e Círculo de Escritores Letra Fora da Gaveta”.