Visita de vereadores estreita relação entre o Madp e o Poder Legislativo de Ijuí
A quarta-feira do 26 de abril foi marcada por um encontro que estabeleceu uma relação ainda mais próxima entre o Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) e o Poder Legislativo de Ijuí. O movimento proposto teve como objetivo reforçar o vínculo entre a instituição e os vereadores, mostrando o papel do Museu junto às histórias local e regional, reforçando o conhecimento e reconhecimento do Museu como um importante espaço da cidade de Ijuí.
As falas oficiais ficaram a cargo da professora Cátia Maria Nehring, presidente da Fidene e reitora da Unijuí, e do professor Dieter Rugard Siedenberg, vice-reitor de Administração da Universidade, que destacaram o fato de o Museu ser um parceiro na construção da história de Ijuí. O evento contou com a presença de vereadores e assessores, que aproveitaram o espaço para agradecer o convite e pontuar a importância deste encontro.
O momento também foi marcado pela apresentação dos novos conselheiros do Museu, Mara Sala e Edgar Gieseler, que integrarão um novo mandato junto aos conselheiros que permanecem: Beatriz Kusbick, Graciele Fabrício, Maria Regina Johann e Thelmo Frantz. O exercício do mandato de um conselheiro se constitui como um serviço público. A função é desempenhada por membros da comunidade local, indicados pela direção do Museu e nomeados por uma portaria da Fidene, que têm a função de assessorar e analisar o trabalho do Madp, sugerindo medidas e providências de qualquer assunto de interesse da instituição.
Durante a tarde, os vereadores e seus representantes foram conduzidos pelos colaboradores do Museu a uma visita técnica, onde puderam verificar de perto o trabalho desenvolvido pelo Madp nas suas mais diversas atuações junto ao patrimônio cultural, desde a preservação e pesquisa, conhecendo o trabalho técnico nos espaços de salvaguarda, até a difusão, que se faz presente na comunicação do acervo junto às exposições.
O vereador Matheus Pompeu destacou que a tarde foi de muito aprendizado e que, para termos um futuro melhor, precisamos conhecer o passado, e isso passa pelo Museu. Bruna Gubiani, também vereadora, comentou que a visita remonta a toda a construção social e cultural do município de Ijuí, e que também reflete na nossa região. Bruna ainda convidou a comunidade para conhecer o Museu e reforçou que, ao se desempenhar uma função pública, é importante circular nesses espaços para se ter novos olhares sobre a atuação de um museu.
Sobre a relevância do movimento realizado durante a tarde de ontem, a professora Cátia Maria Nehring destacou que, em conjunto com os vereadores, é possível construir mais ações e políticas públicas voltadas ao patrimônio cultural. A presidente da Fidene completou falando sobre a importância da valorização do passado para a construção de um futuro ainda melhor.
Ações da Associação de Amigos do Madp contribui para o desenvolvimento do Museu
Ao completar quatro décadas neste ano, a Associação de Amigos do Museu Antropológico Diretor Pestana (AAMADP) traz em sua diretoria a participação de diferentes representantes da comunidade ijuiense.
Maria Romi Nachtigall (2019-2022), professora estadual aposentada e última presidente, ao entregar a sua gestão, fez uma retrospectiva do trabalho desenvolvido coletivamente, relatando um pouco sobre os quatro anos em que esteve à frente da entidade.
Maria Romi reforça que a Associação segue firme no propósito de auxiliar o Museu nas atividades propostas, na manutenção e guarda do acervo, na divulgação das exposições permanentes e temporárias e no apoio aos eventos complementares realizados. Dentro do seu envolvimento como presidente, Romi destaca a importância da Associação na captação de recursos financeiros, através de editais em níveis municipal, estadual e federal, funções intrínsecas ao fazer da AAMADP.
Por meio dos projetos encaminhados pela Associação, foi possível a aquisição de materiais e equipamentos que auxiliam na qualificação do trabalho do Museu, como no ano de 2018, quando foram concluídos três projetos: “Revitalização do sistema de climatização do Museu”, “Adaptação do espaço da Exposição de Longa Duração do Museu com vistas à universalização de acesso” e “Difusão da memória social e região Noroeste do RS”.
Em 2019, foi executado o projeto “Plano Anual de Atividades do Museu” e no ano seguinte foi encaminhado o projeto “Plano Plurianual de Atividades: Documentação Museológica e Manutenção do Acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana”, o qual segue em vias de conclusão em 2023. Em 2022, teve início o projeto “Difusão da memória social através da imprensa em Ijuí e Rio Grande do Sul: conservação do acervo de jornais e acesso eletrônico às publicações sobre a Revolução Farroupilha (1838-1840) e o cooperativismo regional (1973-1994)”, com previsão de conclusão neste ano.
Finalizando, Maria Romi deixa o convite a todos para somar forças na integração Museu e Comunidade, tornando-se parte da Associação de Amigos do Museu Antropológico Diretor Pestana, seja de forma espontânea - pesquisando, visitando as exposições e participando das atividades culturais, ou como associado da AAMADP, através de contribuição financeira. Para mais informações, é possível contatar pelo telefone (55) 3332-0257 ou e-mail aamadp@unijui.edu.br
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Como forma de reflexão sobre o dia 19 de abril, data que celebra o "Dia dos Povos Indígenas", estamos disponibilizando o material virtual complementar à Exposição "Pluralidade", projeto desenvolvido no ano de 2015 e que compõe uma série de reflexões sobre as comunidades originárias do noroeste do RS.
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Foto da capa: Carijada em São Miguel das Missões, 2010. Por Jefferson Pinheiro / Coletivo Catarse.
Pesquisas no Museu revisitam histórias e geram identificação na comunidade
A pesquisa se caracteriza como uma das principais tarefas dos espaços museológicos, apresentando-se como um poderoso instrumento que auxilia na construção de novos saberes a partir de fontes que, reunidas, formam o acervo preservado. Na mesma proporção, as pesquisas realizadas sobre a documentação e objetos permitem a construção do conhecimento sobre temas, como também sobre o que se preserva, com a finalidade de ampliar o repertório de possibilidades para o processo de comunicação museológica. Assim, salienta-se que a pesquisa é parte integrante e indispensável da formação do discurso de um museu para o público que com ele interage, ou deverá interagir. Assim, as instituições elaboram novas impressões ou fortalecem conclusões, permitindo que o pesquisador, ao buscar um conhecimento, também se identifique com a memória ali preservada.
Em uma recente atividade desenvolvida com alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Antônio Padilha, de Ijuí, foram reforçadas essas questões do ato de pesquisar. De acordo com o planejamento dos professores das áreas de Matemática, Geografia e Língua Portuguesa, estudantes do Ensino Médio se deslocaram até o Museu para investigar o que a imprensa noticiava no dia do seu nascimento. O objeto da pesquisa selecionado foi o documento Jornal da Manhã, preservado na coleção hemeroteca do arquivo do Madp, e nele foram observados aspectos sobre a economia, transformações sociais e fatos curiosos que aconteciam na cidade.
Ligando o trabalho realizado à identidade, Giovani Corrêa, estudante da turma, localizou na edição do seu dia de nascimento, em 2005, uma notícia em que relatava a contratação de seu tio como técnico do Esporte Clube São Luiz, clube brasileiro de futebol, da cidade de Ijuí.
A pesquisa se estendeu à Exposição de Longa Duração, onde os estudantes, aqui identificados como pesquisadores, buscaram mais informações sobre os meios de comunicação, com a finalidade de observar a cultura material dos objetos utilizados para a difusão.
Cheila Cristiane de Souza, uma das professoras que organizou a atividade de pesquisa, afirma que esse tipo de experiência permite retornar ao passado e visitar um tempo em que não estávamos aqui, e que os objetos ajudam a compreender como se deram os diferentes processos de comunicação. A professora conclui que estar no Museu significa conhecer, construir e dar a devida importância à história e à temporalidade.
O Museu é um espaço de memória coletiva e que pode ser um local de uso pela comunidade. Para alinhar e agendar atividades com a equipe, ligue para o telefone (55) 32332-0257 ou e-mail madp@unijui.edu.br.
Conversas sobre Comunidades Indígenas o RS estão acontecendo no Museu
A pesquisa se caracteriza como uma das principais tarefas dos espaços museológicos, apresentando-se como um poderoso instrumento que auxilia na construção de novos saberes a partir de fontes que, reunidas, formam o acervo preservado. Na mesma proporção, as pesquisas realizadas sobre a documentação e objetos permitem a construção do conhecimento sobre temas, como também sobre o que se preserva, com a finalidade de ampliar o repertório de possibilidades para o processo de comunicação museológica. Assim, salienta-se que a pesquisa é parte integrante e indispensável da formação do discurso de um museu para o público que com ele interage, ou deverá interagir. Assim, as instituições elaboram novas impressões ou fortalecem conclusões, permitindo que o pesquisador, ao buscar um conhecimento, também se identifique com a memória ali preservada.
Em uma recente atividade desenvolvida com alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Antônio Padilha, de Ijuí, foram reforçadas essas questões do ato de pesquisar. De acordo com o planejamento dos professores das áreas de Matemática, Geografia e Língua Portuguesa, estudantes do Ensino Médio se deslocaram até o Museu para investigar o que a imprensa noticiava no dia do seu nascimento. O objeto da pesquisa selecionado foi o documento Jornal da Manhã, preservado na coleção hemeroteca do arquivo do Madp, e nele foram observados aspectos sobre a economia, transformações sociais e fatos curiosos que aconteciam na cidade.
Ligando o trabalho realizado à identidade, Giovani Corrêa, estudante da turma, localizou na edição do seu dia de nascimento, em 2005, uma notícia em que relatava a contratação de seu tio como técnico do Esporte Clube São Luiz, clube brasileiro de futebol, da cidade de Ijuí.
A pesquisa se estendeu à Exposição de Longa Duração, onde os estudantes, aqui identificados como pesquisadores, buscaram mais informações sobre os meios de comunicação, com a finalidade de observar a cultura material dos objetos utilizados para a difusão.
Cheila Cristiane de Souza, uma das professoras que organizou a atividade de pesquisa, afirma que esse tipo de experiência permite retornar ao passado e visitar um tempo em que não estávamos aqui, e que os objetos ajudam a compreender como se deram os diferentes processos de comunicação. A professora conclui que estar no Museu significa conhecer, construir e dar a devida importância à história e à temporalidade.
O Museu é um espaço de memória coletiva e que pode ser um local de uso pela comunidade. Para alinhar e agendar atividades com a equipe, ligue para o telefone (55) 32332-0257 ou e-mail madp@unijui.edu.br.
Exposição Itinerante "Fósseis na Região Central do RS" está aberta para visitação
Na noite de ontem, dia 10 de abril, no Auditório do Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) ocorreu a abertura da Exposição Itinerante “Fósseis na Região Central do RS”.
Iselda Sausen Feil, diretora do Museu, acolheu o público presente, agradecendo a presença de todos e falando sobre a relevância de uma temática interdisciplinar estar inserida no Museu. Cátia Nehring, presidente da Fidene e reitora da Unijuí, também saudou a comunidade e reforçou a importância das relações institucionais que a Exposição propõe, a qual traz a ligação entre o Museu, a UNIJUÍ e a UFSM.
O doutor Atila da Rosa, geólogo responsável pela Exposição e professor titular do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Maria, apresentou ao público a narrativa da exposição, trazendo dados e informações correspondentes às pesquisas desenvolvidas e que se apresentam por meios de dados na Exposição. Logo após, os ouvintes se direcionaram ao espaço expositivo para conhecer o projeto.
O evento foi promovido pelo Madp e Departamento de Geociências (CCNE/UFSM), em parceria com a Unijuí, curso de Ciências Biológicas da Unijuí e Programa de Educação Tutorial (Pet Biologia), contando com a presença das comunidades acadêmica e externa.
A Exposição permanece no Museu até o dia 26 de maio, marcando o encerramento da comemoração do aniversário do Madp, que é celebrada na semana do dia 25 de maio.
Saiba mais sobre a Exposição:
São 11 banners autoexplicativos e quatro expositores de fósseis. O primeiro expositor apresenta rochas comuns na região e sua importância para a preservação dos fósseis. O segundo expositor mostra os processos de fossilização (formação dos fósseis) e a existência de fósseis-guia, ou fósseis-índice, como indicadores das idades relativas
das camadas de rochas. O terceiro expositor apresenta fósseis de dicinodontes e cinodontes, ligados à linhagem evolutiva que deu origem aos mamíferos, um crânio de um dinossauro primitivo e coprólitos (fezes fossilizadas), bem como troncos silicificados. O quarto expositor mostra mamíferos fósseis, como megatério ("preguiça-gigante"), toxodonte, gliptodonte ("tatu-gigante"), extintos há cerca de 10 mil anos.