Na noite de ontem, 18 de junho, o Museu Antropológico Diretor Pestana, em colaboração com a Associação de Amigos do Museu, promoveu o evento “Encontro no Museu”.

Este primeiro encontro contou com a participação do professor doutor Dirceu Dirk, que apresentou ao público os resultados de sua pesquisa sobre a documentação de Martin Robert Richard Fischer (1887-1979), primeiro diretor do Museu.
 Dirceu Dirk compartilhou parte da trajetória de Fischer, um doutor em Direito e jornalista, através da interpretação de sua produção literária, jornalística e cultural. A apresentação destacou diversas ações desenvolvidas por Fischer nos municípios de Iraí e Ijuí, no Rio Grande do Sul, onde ele residiu.
 Os documentos discutidos durante o encontro estão preservados no acervo documental do Museu Antropológico Diretor Pestana e estão disponíveis para pesquisas e consultas.
O evento reuniu representantes da comunidade local e membros da Associação de Amigos do Museu, marcando um importante momento de troca de conhecimentos e valorização da história regional.

Nesta segunda-feira, 10 de junho, foi inaugurada a exposição "16º Conhecer para Preservar: Entre Nós - Asas da Cidade" no Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp).

Promovida pelo curso de Ciências Biológicas da Unijuí, em parceria com o biólogo Gabriel Brutti e o zoólogo Christian Beier, a exposição destaca as aves urbanas e seu papel crucial na biodiversidade.
Com a temática sobre as aves urbanas, destaca-se o objetivo de chamar a atenção para esse grupo de organismos que estão próximos da população e representam uma parte importante da biodiversidade, conforme explica a curadora da exposição e coordenadora do PetBio da Unijuí, professora Juliana Fachinetto. “A exposição nos remete aos pássaros que estão presentes no ambiente urbano e que nós ouvimos mas não aprendemos a reconhecê-los. Então, a exposição é um convite para que as pessoas possam parar, identificar e reconhecer essa biodiversidade presente”, destacou Juliana.
Venha descobrir e reconhecer essas espécies que habitam nosso ambiente urbano. A exposição está aberta até 14 de julho. Não perca!


Estudantes do Ensino Médio Visitam Museu e Desenvolvem Pesquisa sobre Cultura e Patrimônio de Ijuí

 

Na manhã de ontem, 5 de junho, o Museu Antropológico Diretor Pestana recebeu a turma do 3º ano do Ensino Médio da Escola Técnica Estadual 25 de Julho. A visita, parte dos estudos da turma, incluiu a Oficina "Como Pesquisar", onde os alunos tiveram contato com o acervo fotográfico preservado pelo museu.

O evento foi conduzido pela arquivista Amanda Keiko Higashi e pela assistente de pesquisa e extensão, Natieli Pinto Batista. Elas organizaram as atividades de acordo com os objetivos do projeto de pesquisa da escola, que aborda a cultura e o patrimônio de Ijuí. Segundo Natieli, os estudantes aprenderam sobre a história da fotografia e exploraram acervos com imagens de Ijuí desde o início da colonização, destacando locais como a Praça da República, a Prefeitura Municipal e a Rua do Comércio, onde estão os patrimônios culturais e materiais da cidade.

"Esta ação é de extrema importância para os estudantes explorarem na prática o que observam em sala de aula. Na sala de pesquisa, foram surpreendidos por imagens de Ijuí que os levaram a comparar mudanças ao longo das diferentes épocas e locais", comentou Natieli.

Iselda Sausen Feil, diretora do museu, destacou a importância de os estudantes do Ensino Médio utilizarem o museu para pesquisas. "Ontem, pude testemunhar essa prática em ação ao conversar com os estudantes, observando como conseguem estabelecer conexões entre os estudos e as atividades promovidas pelo museu. Durante as conversas, um jovem relatou que o contato com nosso espaço despertou novos interesses. Percebo que essa experiência pode influenciar escolhas profissionais", afirmou Iselda.

Ela também ressaltou que essa iniciativa demonstra o desejo dos jovens de ouvir e se expressar. "A visita ao museu reforça a seriedade dos projetos escolares, demonstrando um comprometimento com a formação ampliada dos estudantes", concluiu Iselda.


Exposição Temporária “Conhecer para Preservar: Entre Nós - Asas da cidade”

Com abertura no dia 10 de junho a 14 de julho na sala de Exposições Temporárias do Museu.

A XVI edição do Conhecer para Preservar terá como Título Entre nós - asas da cidade. Neste ano a exposição trará o tema das aves urbanas, com o objetivo de chamar a atenção para esse grupo de organismos que estão próximos a nós, que os vemos e ouvimos diariamente e representam uma parte importante da nossa biodiversidade. Dentro da proposta do projeto, conhecer e reconhecer as principais espécies de aves urbanas e peri-urbanas, discutir o seu papel nos ecossistemas como polinizadores de plantas, dispersores de sementes, no controle de pragas entre outros buscando despertar o interesse do público em ações que possam preservar e atrair mais espécies para o ambiente urbano.

Ilustração: Christian Beier.


Cine Debate AIPAN EcoFalante: A Campanha contra o Clima

No dia 06 de junho, quinta-feira, às 19 h.  Com entrada gratuita, acontecerá o Cine Debate no Auditório do Museu, com a direção de Mads Ellesøe o documentário Dinamarca - 2020 de duração de 58 minutos onde mostra que: Em 1988, o mundo se preparava para agir contra as mudanças climáticas. Mas então algo aconteceu. Algo que levou à crise climática para a qual o mundo despertou hoje. As maiores petroleiras do planeta foram das primeiras a detectar o aquecimento global, mas, em vez de agir, lançaram uma campanha que há 30 anos atrapalha o combate à emergência climática, semeando dúvida onde antes havia unanimidade – um modus operandi que vai encontrar, anos depois, o seu maior aliado na internet das redes sociais e algoritmos.


Madp orienta sobre recuperação de documentos danificados pelas enchentes

Há cerca de um mês o Rio Grande do Sul sofre com as inundações causadas pelas enchentes e ainda há muitas casas tomadas pela água, em que moradores aguardam a liberação para retornarem e iniciarem o resgate do que ainda se pode recuperar. Neste contexto, além de roupas, utensílios, mobiliários e eletrodomésticos danificados, também há, não menos importante, documentos pessoais de diferentes gêneros, que testificam direitos adquiridos dos cidadãos e o valor simbólico e afetivo, com memórias a serem eternizadas.

Considerando a difícil realidade, a Divisão de Documentação-Divisão de Imagem e Som do Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) elencou algumas alternativas de recuperação desses materiais, com base em métodos de conservação. As dicas incluem recomendações gerais, porém, dependendo da situação, orienta-se na medida do possível, o acompanhamento de instituições e ou profissionais da área de conservação e preservação de documentos.

Triagem

  • Se o local ainda estiver alagado, utilize uma peneira de pedreiro, revestida com tecido de algodão ou tela de nylon (tipo mosquiteiro), para recolher os documentos que flutuam sobre a água;

 

  • O manuseio deve ser de forma cuidadosa, com movimentos leves para evitar mais danos;

 

  • Separar os diferentes suportes: papel encadernado, papel avulso; fotografia em papel; álbum fotográfico; Fitas VHS; Fitas cassete/K7; disco de vinil;

 

  • Separar documentos em papel por nível de danos (encharcados, pouco úmidos, rasgados, grudados, sujos);

 

  • Os documentos textuais e de imagem, ainda que danificados, estes, futuramente podem ter seu conteúdo melhorado, após a digitalização, preservando-se os originais, como prova e valor histórico.

Cuidados na hora da secagem

  • Não expor os documentos ao sol, mas em uma área coberta, com aberturas que dão acesso à iluminação natural, cuidando o excesso de vento externo;

 

  • Não utilizar ventilador diretamente no documento, de preferência mirando o equipamento numa parede para circular o ar no mesmo ambiente;

 

  • Não utilizar lâmpadas quentes para acelerar a secagem;

 

  • O secador de cabelo pode ser usado somente na temperatura baixa e média, apenas para borda do papel de documentos textuais, exceto em fotografias;

 

  • Caso os documentos não estejam mais encharcados, após a exposição ao ar natural e ventilação, se possuir, use ar-condicionado em temperatura entre 18° e 20º, no modo desumidificação para controle da umidade no ambiente. A inclusão do equipamento desumidificador auxilia na diminuição rápida da umidade.

Cuidados com papel encadernado e papel avulso

  • O excesso de água pode ser absorvido com papel toalha ou papel absorvente de cor branca, sem esfregar, mas levemente pressionado sobre o documento avulso e páginas de encadernados;

 

  • Página avulsa e encadernação fina (formato revista, lombada fina/canoa): secar em varal, pendurado na posição vertical. O encadernado deve ser pendurado aberto em posição vertical e após duas ou três horas, o vire alternadamente (a parte que estava presa ficará para baixo) nesse intervalo de tempo;

 

  • Encadernação com início de deformação/inchaço/rugas (papel couchê): faça uma prensa com o encadernado entre duas tábuas forradas de papel branco, da mesma dimensão do documento, fazendo-se uma leve pressão em ambos os lados ao mesmo tempo, para reduzir a deformação. O encadernado também pode estar sob uma superfície plana recebendo leve pressão de um livro pesado ou tijolo forrado com papel branco. A pressão pode ser aplicada por alguns minutos antes da secagem completa;

 

  • Encadernação com lombada larga/quadrada: secar aberto ao meio sobre uma mesa, intercale suas páginas com papel toalha para absorver o excesso de água. Fique de olho para ir trocando o papel toalha. Quando estiver levemente molhado, o mesmo pode ser colocado em pé sobre uma mesa limpa, aberto e apoiado sobre um de seus lados, de frente a um fluxo suave de ar (vindo do ventilador);

 

  • Encadernado com papel couchê (formato revista, lombada fina/canoa): antes de pendurar, deve-se realizar sua separação entre folhas e intercalando com telas de nylon (tipo mosquiteiro), pano voile, ou saquinho plástico de freezer. Para evitar cair nas divisórias, prenda o maço de folhas intercaladas com um prendedor numa das bordas.

Cuidados com fotografias em papel e álbum fotográfico

  • Remova as fotografias de molduras, exceto se a fotografia estiver grudada no vidro, pois poderá ser danificada na tentativa de separá-la (deixe secar com o vidro no ambiente com ar levemente ventilado);

 

  • Não expor fotos encharcadas em ambientes com ar-condicionado e desumidificadores, para evitar deformações;
    Para reduzir a sujeira, encha três recipientes de água fria (ferver antes para evaporação de substâncias e cloro), mergulhe e retire com cuidado cada fotografia no recipiente, um após o outro, até ficar limpa;

 

  • A umidade pode ser removida com papel toalha deitado sobre a imagem e sobre o verso e após, as gotículas serem removidas com trouxa de gaze e algodão;

 

  • Fotografias em álbum: remover o excesso de umidade com o papel toalha deitado sobre as fotografias. As gotículas podem ser enxugadas levemente com trouxa de gaze e algodão. Deixe o álbum aberto ao meio sob uma mesa limpa, mantendo folhas de tecido poliéster entre as páginas.

Cuidados com discos de vinil

  • Não congelar;

 

  • Remova os discos das capas/embalagens para não ficarem grudados na secagem;

 

  • Para as capas/embalagens, siga as recomendações dos documentos em papel avulso;

 

  • Deixe o disco escorrendo sob um escorredor de louça de plástico.

Cuidados com documentos em suporte magnético (filme VHS, fita cassete/K7)

  • Não congelar;

 

  • Manter longe de mesas e mobiliários de metal;

 

  • Se encharcados, manter em ambiente adequado, separando-os por tipo, como fitas de vídeo e de áudio, até o momento de tratamento por profissional especializado;

 

  • Enxugue com papel toalha o excesso de água da embalagem de plástico de proteção do rolo;

 

  • Se a embalagem de plástico estiver suja: ferva a água potável para evitar reações químicas das partículas magnéticas com o cloro; molhe o pano na água em temperatura natural para a remoção do excesso de sujeira;

 

  • Se a embalagem for de papel: remover e secar conforme as recomendações do papel.