TEMÁTICA INDÍGENA NO MUSEU - 05/08/2021
Para celebrar a temática indígena no mês de agosto o Museu preparou uma série de atividades online, as atividades planejadas visam dar voz, fortalecer e valorizar a compreensão e o respeito ao modo de vida dos povos originários.
Essa proposta faz referência ao dia 09 de agosto, no qual é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas, instituído em 1995 pela ONU como forma de respeitar e promover os direitos dos povos indígenas, suas estruturas políticas, econômicas e sociais e culturais.
De acordo com o IWGIA - International Work Group for Indigenous Affairs (Grupo de Trabalho Internacional para Assuntos Indígenas) a população indígena mundial é de aproximadamente 370 milhões de pessoas, pertencentes a 5 mil povos indígenas, distribuídos em pelo menos 70 países.
Na América Latina de acordo com a CEPAL (2010) são 45 milhões de indígenas pertencentes a 826 grupos étnicos que lutam há mais de 500 anos pela manutenção de suas concepções de vida e de seus territórios. Na América do Norte Canadá e Estados Unidos tem uma população 6,5 milhões de pessoas com identidade indígena sendo que destas 3,8 milhões não possuem nenhuma miscigenação.
Dentro da programação proposta pelo Museu destaca-se o webinar “Povos indígenas e colonialidade: entre velamento e reminiscências”, que acontecerá dia 13 de agosto às 10 horas, e será ministrada por Douglas Jacinto da Rosa, (Kaingang - Mestre em Antropologia Social pela UFRGS) atraves do link meet.google.com/mjr-unwg-yor.
Neste mês de agosto será possível conferir um conteúdo que conta com oficinas, músicas e registros realizados pelos povos indígenas da comunidade regional.
Para saber mais nos acompanhe nas redes sociais do Museu Antropológico Diretor Pestana (facebook.com/madpunijui ou instagram.com/musemadp). Se você tem interesse na temática e quer pesquisar mais sobre comunidades indígenas deixamos sugestões de fontes onlines:
Conselho de Missão Entre Povos Indígenas
Povos Indígenas no Brasil
https://pib.socioambiental.org/pt/P%C3%A1gina_principal
IWGIA - Grupo de Trabalho Internacional para Assuntos Indígenas https://www.iwgia.org/images/publications/0716_THE_INDIGENOUS_ORLD_2015_eb.pdf
https://images.app.goo.gl/mHqvYWcraZv6bAFd7
“KAMÉ E KAIRÚ – TRAÇADO DA IDENTIDADE KAINGANG” 02/04/2015
No mês em que se comemora o dia do Índio, o Museu Antropológico Diretor Pestana realiza a exposição “KAMÉ E KAIRÚ – TRAÇADO DA IDENTIDADE KAINGANG”.
Atualmente o povo Kaingang, é um dos três povos indígenas mais numerosos que habita o Rio Grande do Sul e mesmo assim ainda existe muito preconceito.
A exposição é composta por uma mostra fotográfica que aborda o Povo Kaingang na contemporaneidade: sua mitologia, história, cultura material, problemas socioeconômicos e processos identitários.
São objetivos da exposição:
-Discutir a situação do Povo Kaingang no RS, sua trajetória histórica, cultural e problemas da atualidade.
-Reconhecer o Brasil como um país pluriétnico e pluricultural e, consequentemente, a diversidade étnica como parte da identidade coletiva e individual.
-Discutir o índio dentro do contexto da sociedade brasileira, sem, contudo, deixar de reconhecer e valorizar a identidade étnica específica de cada uma das sociedades indígenas.
-Identificar a presença indígena na formação socioespacial cultural urbana da região noroeste do RS.
-Reconhecer os costumes de itinerância do Povo Kaingang e a necessidade dos mesmos buscarem condições de sustentabilidade fora dos territórios de ocupação permanente (reservas indígenas).
As fotografias que compõem a mostra fotográfica foram produzidas pela produtora Soma, durante as filmagens do documentário Kamé e Kairu – Traçado da Identidade Kaingang, no ano de 2014.
A exposição poderá ser visitada até o dia 15 de maio de 2015, na Sala de Exposições Temporárias do MADP.
Durante a exposição será realizada exibição de vídeo, palestras e oficina de jogos.
Horário para visitação: 8h às 11h30min / 13h30min às 17h.
Horários diferenciados mediante agendamento prévio.
Telefone: (55) 3332-0257 / E-mail: madp@unijui.edu.br
O Museu Antropológico Diretor Pestana e a Assessoria de Assuntos Indígenas da Fidene promovem, no período de 12 de abril a 27 de maio, a exposição “Práticas e Saberes dos Povos Indígenas Brasileiros”. 02/12/2011
Alimentos tradicionais do povo Kaingang, como o fuá (foto) é um dos focos da exposição
A exposição tem o objetivo de analisar e discutir a trajetória histórica e a cultura material e imaterial dos povos indígenas no Brasil, em especial dos povos no Rio Grande do Sul. Pretendeainda fornecer aos visitantes subsídios e informações com o intuito de construir uma visão crítica sobre o tema e apoiar a luta destes povos pela garantia de seus direitos.
Dentre os temas a serem abordados estão a diversidade étnica e cultural, a situação geral dos povos indígenas, a economia, com destaque para técnicas de confecção de artefatos e processos produtivos, educação, organização social e cosmologia de alguns povos. Destaque para uma coleção de peças e fotos de jogos e alimentos tradicionais Kaingang, coletados pelos alunos do Projeto Interação pelo Esporte, da Terra Indígena de Guarita.
A exposição conta com fotografias e peças dos povos: Apiaká, Apalai, Araweté, Ashaninka, Asurini, Bakairi, Baniwa, Bororo, Canela, Deni, Enawenê-Nawê, Guajajara, Guarani, Ikpeng, Kaingang, Kamayurá, Karajá, Katukina, Kayaipó, Makuxi, Matis, Maxacali, Mehinaku, Mentuktiro, Munduruku, Nambikwara, Oianpi, Pareci, Rikbktsa, Surui, Terena, Tikuna, Tremembé, Trumai, Uru-Eu-Wau-Wau, Wayan, Waimiri Atroari, Wai-wai, Xavante, Xerente, Xucuru e Yanomami.
Preocupação com a temática indígena
O Museu Antropológico Diretor Pestana, ao longo da sua história, tem se preocupado em discutir a temática indígena, tanto com as comunidades indígenas quanto com a não índia. Segundo a educadora do Museu, Belair Aparecida Stefanello, “temos várias situações envolvendo a questão indígena que merecem aprofundamento: a situação dos índios em espaços urbanos, a sustentabilidade das comunidades tradicionais, as garantias de seus direitos como saúde e educação diferenciadas, a demarcação das terras indígenas e principalmente o conceito que as pessoas em geral tem do que é ser índio”. Ela destaca ainda que “para entendermos o que é ser índio hoje no Brasil precisamos romper com alguns preconceitos e romantismos e entender que as culturas não são estáticas, ao contrário é natural que elas se modifiquem ao longo do tempo. Contudo precisamos garantir que os povos indígenas tenham condições sociais, econômicas e políticas de absorver as novidades que vêm do contato, da forma como lhes parecer mais adequada e
ficar alertas com mudanças impostas pela sociedade não índia, que muitas vezes colocam em risco a identidade de determinados grupos”.
PROGRAMAÇÃO
Para crianças de todas as idades
1 - Exposição: Práticas e Saberes dos Povos Indígenas Brasileiros
Período 12 de abril a 27 de maio de 2011
Entrada gratuita: dia 26 de abril e no período de 18 a 25 de maio.
2 - Relação de Vídeos assistidos durante a visitação à exposição
-“Dama Rowaihuúdzé” – Para Todo Mundo Ficar sabendo - Índios Xavantes da aldeia de abelhinha registram imagens da própria vida, tentando deixar imagens de uma geração que ainda guarda na memória as vivências em que o meio ambiente se estendia até o infinito. Os autores, através de seus registros refletem sobre sua própria realidade e dão testemunho de sua presença no cenário nacional construindo a história. Associação Xavante Warã - Duração: 16min.
- Kigrãg: Aprender - Relata o dia-a-dia de um menino Kaingang, e compara com o de um menino branco. Núcleo de Educação Indígena (SEE/RS), 2001 - Duração: 16min.
- My Here: Identidade Kaingang - Documentário produzido na Terra Indígena de Carreteiro. Registra imagens do cotidiano da atualidade de uma comunidade indígena e traça um comparativo de como era no passado. Trabalho feito pela estudante de comunicação social da unijui Adriana Seibert. Indicado a partir da 7ª série. l - Duração: 24min.
- Mokoi Tekoá Petei Jeguatá – Duas Aldeias, uma caminhada - De Germano Benites, Ariel Ortega e Jorge Morinico do Povo Guarani-Mbya, 2008. Duração: 63min - recomendamos só uma parte dele.
Para alunos da EFA
3 – Palestra: A realidade nas comunidades indígenas
Dia 19 de abril -Horário: 10h30min - Local: auditório da Sede Acadêmica
- Ministrantes: Marcos Antonio Ribeiro – Kaingang, Nutricionista , estudante do PROEJA Indígena UFRGS, integrante no Projeto Nutrição Kaingang e funcionário da FUNASA; e Laísa E. Sales Ribeiro – Kaingang, Bióloga, estudante do PROEJA Indígena UFRGS e do Curso de Especialização em Educação, Diversidade e Cultura Indígena da Faculdade Ensino Superior em Teologia São Leopoldo-RS
Para alunos da EFA
4 – Palestra: A realidade nas comunidades indígenas
Dia 02 de maio - Horário: 14 horas - Local: auditório da Sede Acadêmica
- Ministrantes: Marcos Antonio Ribeiro – Kaingang, Nutricionista , estudante do PROEJA Indígena UFRGS, integrante no Projeto Nutrição Kaingang e funcionário da FUNASA; e Laísa E. Sales Ribeiro – Kaingang, Bióloga, estudante do PROEJA Indígena UFRGS e do Curso de Especialização em Educação, Diversidade e Cultura Indígena da Faculdade Ensino Superior em Teologia São Leopoldo-RS
Para professores
5 - Mini Curso Identidade Indígena, diversidade e escola: caminhos em construção,
Dia 28 de abril, das 13h30min às 17h30min e das 19h às 22h30min
Local: auditório do MADP.
- Ministrante: Professor André Luis Ramos Soares - Licenciado e Bacharel em História pela UFRGS, mestre em Arqueologia pela PUC e Doutor em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USO. É professor do Departamento de Educação da UFSM e Coordena o Núcleo de Educação Patrimonial (NEP) da mesma universidade.
O mini-curso pretende abordar:
- Situação do índio no Brasil no período da conquista da América; as razões para desagregação da sociedade indígena.
- Integração, miscigenação, assimilação: conceitos da antropologia e realidade indígena.
- Diversidade cultural e sociedades indígenas
- Os índios em sala de aula: da invisibilidade a cidadania.
Valor da Inscrição: R$10,00
Para professores
6 - Seminário Cultura e Sustentabilidade
Local: Auditório do MADP - Data: 12 de maio de 2011, durante os turnos da manhã e tarde
Apresentação de Grupo de Dança de Kaingang Inhacorá
Palestrantes:
Adilson Policena – Cacique de Inhacorá
Eronita Barcelos – Economia Solidária
Armgard Lutz - Educação Indígena especifica e de qualidade
Maria Helena Frantz - Passagem da tradição oral para a escrita
Instituto Elos – Programa Guerreiros sem Armas – Santos – SP - Protagonismo social
Professor Giovanni Polliani – CESES – Milão Itália - Globalização e Diversidade Cultural
As visitas podem ser agendadas junto à secretaria do Museu, pelo fone 3332.0257.
Legendas das fotos: Coleta do fuá; Coleta de alimentos Mato Queimado Guarita; Preparando caraguatá;