Fundos e Coleções
O Museu preserva e disponibiliza documentos de valor informativo e histórico da comunidade pertencente à memória de Ijuí e região noroeste do Rio Grande do Sul. A documentação, além de seu expressivo volume, medindo cerca de 1.000 metros lineares, também possui uma diversidade, tanto por sua natureza de formação, quanto pelos gêneros documentais. A formação do acervo ocorre através do recolhimento documental de guarda permanente da instituição Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado (FIDENE) e através da doação documental de pessoas físicas e jurídicas de Ijuí e região noroeste.
A documentação institucional possui natureza arquivística, consequência da gestão do arquivo, que reflete as atividades realizadas ao longo de sua trajetória. As doações reúnem coleta ou seleção de itens documentais da comunidade por sua relevância e temática, misturando-se procedências que formam as coleções. Os fundos possuem natureza arquivística por identificar atividades de indivíduos, famílias ou entidades e representam o contexto de produção.
Assim, este acervo de custódia do MADP, torna-se referência para pesquisadores interessados pela cultura regional do Rio Grande do Sul. A documentação reúne documentos de diferentes gêneros como audiovisual, bibliográfico, cartográfico, iconográfico (fotografias), musical, sonoro e textual.
A documentação de fundos e coleções podem reunir documentos de diferentes gêneros como:
Audiovisual
Musical
Sonoro
Iconográfico
Textual
Bibliográfico
Cartográfico
Acesse o sistema de informações arquivísticas (AtoM MADP/FIDENE) para uma consulta mais detalhada.
Guia de fundos e coleções documentais
Código de referência: BR RSMADP AC
Data(s): A partir de 1979 (Acumulação); A partir de 1930 (Produção)
Nível de descrição: Coleção
Dimensão e suporte: Documentos iconográficos (processo fotográfico) e textuais.
Nome(s) do(s) produtor(es): Diversos.
História arquivística: A formação do conjunto foi planejada no final da década de 1970, na tentativa de representar através da coleta de documentos de diferentes espécies e gêneros, o desenvolvimento do cooperativismo no Rio Grande do Sul, sobre diferentes movimentos e proveniências. Em 1979, o Museu recebeu a primeira parte de sua documentação enviada pelo CECA, órgão da FIDENE. Posteriormente, em 1985 houve a aquisição de documentos coletados, tanto da instituição, quanto de organizações da comunidade externa. As atividades de organização iniciaram em 1979, com maior intensidade após 1985 e concluída a organização em 1987.
Fonte: Relatório do Museu de 1978; Norma de organização da Divisão de Arquivos do Museu, s.d., p.30-35.
Procedência: Coleta, doação. Aquisição de diferentes doadores.
Âmbito e conteúdo: Contexto do Estado do Rio Grande do Sul. Os documentos contêm registros textuais e fotográficos sobre o movimento cooperativista gaúcho.
Condições de Acesso: Originais disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância.
Instrumentos de pesquisa: Índice digital; Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP CJ
Data(s): 1978-1986 (Acumulação); 1915-1975 (Produção)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: Documentos iconográficos (processo fotográfico) e textuais.
Nome(s) do(s) produtor(es): Eduardo Jaunsem.
Biografia: Eduardo Jaunsem (1896-1997), nascido na Letônia, foi fotógrafo e agricultor que imigrou ao Brasil, estabelecendo-se na Linha 11 Leste em 1914, região próxima a Ijuí. Sua obra enriquece a história regional, por seu olhar artístico e pelo registro de paisagens do cotidiano rural, onde viveu.
Procedência: Ijuí-RS; Doações de Eduardo Jaunsem; recortes de jornais do MADP.
Âmbito e conteúdo: Autor (fotografias): Eduardo Jaunsem; contexto de Ijuí-RS; colonização; imigração. O conjunto documental reúne documentos fotográficos produzidos pelo fotógrafo e documentos textuais coletados e parte dos documentos textuais coletados não procedem de Eduardo Jaunsem (Recortes de jornal).
DESTAQUE DA COLEÇÃO:
Documentos fotográficos em papel e negativo de vidro.
Condições de Acesso: Originais disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância.
Instrumentos de pesquisa: Índices (Documentos iconográficos; Documentos Textuais); Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP CB
Data(s): 1982-1985 (Acumulação); 1897-1985 (Produção)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: Documentos iconográficos (processo fotográfico) e textuais.
Nome(s) do(s) produtor(es): Família Beck.
Biografia: A família Beck é reconhecida pelo ofício da fotografia. Carlos Germano Beck, era fotógrafo e transmitiu seu conhecimento aos filhos que o auxiliavam no ofício. Carlos veio da Alemanha, estabelecendo-se em Cruz Alta e posteriormente em Ijuí, com sua esposa e filhos. Inicialmente, ele era fotógrafo itinerante, enquanto sua esposa tomava conta da propriedade e atividades rurais de subsistência. Em 1908, a família instalou o primeiro estúdio em Ijuí, deixando as atividades rurais para viver integralmente do negócio na área urbana.
Procedência: Ijuí-RS; Documentos fotográficos: Aquisição por Compra e Doação de Alfredo Adolfo Beck; Documentos Textuais: Aquisição por doação de Alfredo Adolfo Beck; Recortes de jornais do MADP.
Âmbito e conteúdo: Autor (fotografias): Família Beck; contexto de Ijuí-RS; colonização; imigração. O conjunto documental reúne documentos fotográficos produzidos pela Família Beck e documentos textuais coletados e parte dos documentos coletados não procedem da Família Beck (Recortes de jornal).
DESTAQUE DA COLEÇÃO
Documentos fotográficos em diferentes suportes: fotografias em papel e negativo de vidro.
Condições de Acesso: Originais disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância.
Instrumentos de pesquisa: Índices (Documentos iconográficos; Documentos textuais); Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP AF
Data(s): A partir de 12/03/1994 (Acumulação); A partir de 25/05/1969 (Produção).
Nível de descrição: Fundo.
Dimensão e suporte: O fundo documental Fidene é representado por 666,32 metros lineares de documentos textuais e bibliográficos, 1.279 documentos sonoros, 42.781 documentos iconográficos, 394 documentos audiovisuais. Dentre os documentos sonoros preservados, 990 fitas cassetes foram identificadas e estão parcialmente classificadas.
Produtor: Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado.
História administrativa: A instituição tem origem na criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (FAFI) em 1957, primeira entidade de ensino superior no noroeste do Rio Grande do Sul. Em 1969, na busca por uma entidade regional aberta e descentralizada para expandir o ensino superior na região, surgiu a FIDENE e no ano seguinte, como mantenedora, implantou a Faculdade de Ciências Administrativas, Contábeis e Econômicas de Ijuí (FACACEI), o Centro de Ciências Agrárias (CeCA) em 1976 e a Escola de Enfermagem de Ijuí (EEI) em 1980. Cada vez mais as atividades de extensão universitária foram assumindo a forma de programas e projetos específicos, implantando-se os Centros Integrados de Ensino Superior de Ijuí, substituindo as Faculdades em 1981.
Posteriormente, como mantida da FIDENE, a Universidade de Ijuí (UNIJUÍ) foi reconhecida em 1985. Entre 1992 e 1993 foram criados o Campus Santa Rosa, o Campus Panambi e o Campus Três Passos, ocorrendo a regionalização da Unijuí com a estrutura multicampi. Em 27/05/1994 sua denominação foi atualizada para Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Em paralelo ao contexto de desenvolvimento da FIDENE, outras entidades mantidas foram surgindo, como o Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP), o Instituto Psicopedagógico Infantil (IPPI), posteriormente Centro de Educação Básica Francisco de Assis (EFA), os Serviços de Editoração e Gráfica (SEDIGRAF), o Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDER), a Distribuidora Universitária de Livros (UNILIVROS) e a Rádio e Televisão Educativa (RTVE), que se tornou Rádio Educativa Unijuí FM e o Instituto de Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional (IPD). Atualmente, as mantidas subordinadas à FIDENE são: UNIJUÍ, MADP, EFA e Rádio Unijuí FM.
Âmbito e conteúdo: O fundo documental Fidene consiste em documentos de diferentes gêneros como audiovisuais, bibliográficos, cartográficos, iconográficos, sonoros e textuais, que foram gerados em decorrência do desenvolvimento das funções e atividades da instituição e suas mantidas.
Condições de Acesso: Originais disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância.
Instrumento de pesquisa: índices impressos e índices digitais; Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP AI
Data(s): A partir de 1893 (Produção)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: Documentos audiovisuais; cartográficos; iconográficos (processo fotográfico); sonoros; textuais.
Nome(s) do(s) produtor(es): Diversos.
História arquivística: Conjunto formado por seleção de documentos de diferentes proveniências (produtores) da comunidade de Ijuí, que inclui pessoas físicas, pessoas jurídicas públicas e privadas, coletados pelo Museu Antropológico Diretor Pestana desde sua criação, de modo a representar a memória do município.
Procedência: Coleta, doação. Aquisição de diferentes doadores (principalmente de Ijuí).
Âmbito e conteúdo: Contexto de Ijuí-RS; colonização; imigração; desenvolvimento. Documentação coletada e adquirida por doação da comunidade de Ijuí e destina-se à representação das funções dos diversos setores do município. Os documentos de diferentes gêneros têm relação com seguintes temas: administração pública, genealogia familiar, comunicação, setores da economia, educação, cultura, esporte e lazer, saúde, política e religião.
DESTAQUE DA COLEÇÃO
Genealogia (Textual)
Cartório Eleitoral de Ijuí (Textual);
Comissão de Terras e Colonização (Textual);
Prefeitura Municipal de Ijuí (Textual);
Fotografias (Iconográfico)
Condições de Acesso: Originais disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância. Restrição: alguns títulos não estão disponíveis por motivos de conservação.
Instrumentos de pesquisa: índices impressos e índices digitais (Documento iconográfico; Documento textual); Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP CW
Data(s): 2003 (Acumulação)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: Documentos iconográficos (processo fotográfico)
Nome(s) do(s) produtor(es): Ildo Weich.
Biografia: Natural de Palmeiras das Missões (RS), Ildo Weich começou a fotografar com 15 anos, sendo autor da bela fotografia da neve de 1965, registrada na Estação Ferroviária de Ijuí. Seu primeiro estúdio ficava no Cine América, que foi destruído por um raio, fato que o fez instalar outro, próximo à escola Ruizinho, o “Foto Cisne”. Weich também foi reconhecido por seu pioneirismo no processo fotográfico em cores.
Procedência: Ijuí-RS; Doação de Ildo Weich, em 15/01/2003 (Doc. CDA 003/2003)
Âmbito e conteúdo: Autor (fotografia): Ildo Weich; Contexto de Ijuí-RS. Conjunto é formado por documentos fotográficos positivos e negativos. Conforme registro de doação: 3146 fotografias; 850 negativos flexíveis; 2608 tiras de filme (negativos); 4885 rolos de filme (negativos).
Condições de Acesso: Com restrição de acesso aos originais e reproduções sem processamento técnico.
Características físicas e requisitos técnicos: A documentação está em processo de tratamento.
Instrumentos de pesquisa: Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP AK
Data(s): A partir de 1960 (Acumulação); A partir de 1847 (Produção)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: Documentos iconográficos (processo fotográfico) e textuais.
Nome(s) do(s) produtor(es): Diversos.
História arquivística:
A temática indígena sempre foi um dos objetivos presentes no Museu, desde a sua constituição. O núcleo inicial da documentação se constituiu com textos existentes no Museu desde a década de 1960, acrescido posteriormente de publicações e outros materiais de diferentes instituições do país, em sua grande maioria, constituídas por fotocópias. A documentação textual e fotográfica coletados na década de 1970 foram reunidos e organizados conforme a proposição da antropóloga Ligia Teresinha Lopes Simonian, na época professora da instituição, quando desenvolveu os projetos “Índios e Brancos no Rio Grande do Sul” (década de 1970) e “Arquivo Kaingang e Guarani” (1978). Os projetos resultaram nas seguintes publicações que compõem a série “Cadernos do Museu”: “A defesa das terras indígenas: uma luta de Moyses Westphalen” (1979); “Visualização: estado expropria e domina povo guarani e kaingang (1980); “Arquivo kaingang, guarani e xeta” (1981). Fontes: SIMONIAN, Ligia T. L., “Arquivo kaingang: guarani e xeta”. Ijui: [s.n.], 1981. (Cadernos do Museu); Documento AF MADP 060 133 78. FIDENE, “Projeto Arquivo Kaingang e Guarani”.
Procedência: Coleta, doação. Aquisição de diferentes doadores.
Âmbito e conteúdo: Contexto do Estado do Rio Grande do Sul e Brasil. A documentação trata dos grupos étnicos indígenas Guarani, Kaingang e Xetá. A etnia Xetá é contemplada apenas nos documentos textuais. A documentação de fotografias possui, além das etnias Guarani e Kaingang, etnias de outras regiões do país.
Condições de Acesso: Originais disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância.
Instrumentos de pesquisa: Índices impressos e índices digitais; Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP CM
Data(s): 1980-2000 (Produção)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: Documentos iconográficos (processo fotográfico), contendo volume com mais de 100.000 imagens nos suportes negativos flexíveis (NOF) e fotografias em papel (FO).
Nome(s) do(s) produtor(es): Jornal da Manhã.
Procedência: Ijuí-RS; Doação do Jornal da Manhã, em 25/04/2000 (doc. CDA 11/2000).
Âmbito e conteúdo: Autor: Eurides Martins (Pancho); Elimar Martins (Panchinho); Contexto de Ijuí-RS. As imagens foram produzidas para a publicação das edições do Jornal da Manhã desde a década de 1980. Eurides Martins (Pancho) produziu imagens até 1990 e posteriormente, as imagens são de Elimar Martins (Panchinho). As imagens, tanto coloridas como monocromáticas (preto e branco), representam a memória fotojornalística de Ijuí entre 1980 e 2000.
Condições de Acesso: Originais parcialmente disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância. Restrição: originais e reproduções de documentos sem processamento técnico não estão disponíveis.
Características físicas e requisitos técnicos: De toda a documentação, cerca de 4.000 fotografias foram descritas para pesquisa. Parte da documentação encontra-se em tratamento: acondicionamento; descrição e registro.
Instrumentos de pesquisa: Índices impressos e índice digital; Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP LGG
Data(s): 1899-1954 (Produção)
Nível de descrição: Fundo.
Dimensão e suporte: 841 documentos de diferentes gêneros e suportes/formatos (iconográficos, fotográficos, textuais) e objetos museológicos preservados sob custódias distintas: Museu Antropológico Diretor Pestana (MADP); Edgar Beno Gieseler (neto de Luiz Germano Gieseler).
Nome(s) do(s) produtor(es): Luiz Germano Gieseler
Biografia: Luiz Germano Gieseler (27/07/1870-25/05/1954), imigrante alemão que veio ao Brasil com seus pais e irmãos em 1881, residindo em Santa Cruz do Sul, no centro do estado do Rio Grande do Sul. Ele e sua família viviam da moagem e lapidação de pedra, ofícios trazidos da Europa. Casou-se com Maria Emilie Niedersberg e tiveram três filhos. Com a expansão da colonização no noroeste do Rio Grande do Sul, toda a família de Gieseler, incluindo os pais e irmãos, tiveram o interesse de sair de Santa Cruz do Sul, em decorrência da longa estiagem presente. A Colônia Ijuhy pareceu atrativa, principalmente, pelos grandes rios no seu entorno e a família instalou um moinho às margens do Rio Potiribu, na Linha 1 Leste. Gieseler tinha a fotografia como um lazer em que fotografava os familiares, amigos e parentes, além de eventos da comunidade.
Procedência: Carta de Doação de Acervo – CDA 11/91 de 13/05/1991. Doador: registrado Hermann Gieseler, denominação que Alfredo Gieseler era conhecido (18/12/1934-21/02/1991), neto de Luiz Germano Gieseler, irmão de Alice Gerda Hieck e Edgar Gieseler (filhos de Paulo Otto Germano).
Condições de Acesso: Originais disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância.
Instrumentos de pesquisa: Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP CF
Data(s): 1890-1987 (Produção)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: 7.734 documentos textuais; 14 álbuns e 3 pastas de documentos iconográficos (fotografias)
Nome(s) do(s) produtor(es): Martin Fischer.
Biografia: Martin Robert Richard Fischer, conhecido como Martin Fischer (10/02/1887-16/09/1979), nascido na cidade de Konigsberg na Alemanha, emigrou para o Brasil, no Rio Grande do Sul em 1921, após combater na 1ª Guerra Mundial (1914-1918) e concluir o doutorado. Porém, acabou retornando à Alemanha e foi redator da Agência de Notícias Wolfs Telegraphen Büro, em Berlim. Em 1934 saiu do país novamente ao aceitar um convite para representar a Agência Noticiosa Alemã (DNB) em Buenos Aires na Argentina, residindo no povoado de Passarinhos, município de Palmitos – SC, ficando até 1937, quando deixou o cargo e foi para o Rio Grande do Sul.
Ele viveu numa propriedade rural em Iraí com sua companheira Carlota, ainda mantendo contatos com a imprensa, como o Correio Serrano e jornais de várias capitais, até que em 1951 foi residir em Ijuí para atuar na área. Fischer foi correspondente de jornais estrangeiros, redator durante muitos anos do suplemento alemão “Die Serra Post” do Correio Serrano, editor de almanaque na língua alemã “Serra Post Kalender”, da mesma empresa, e produzia e apresentava a “Hora Alemã”, programa na Rádio Repórter de Ijuí. Como ele alimentava o sonho de criar um museu na cidade, articulou junto à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (FAFI), com apoio do diretor Prof. Mário Osorio Marques (na época, Frei Frei Matias), a criação do Museu Antropológico Diretor Pestana, em 1961.
Então, Martin Fischer passou a coletar documentos e objetos das famílias da região, formando aos poucos o acervo. Mas, para dar o primeiro passo, doou seus objetos indígenas (armas de pedra, cerâmica, ponta de flecha), trazidos de Iraí, e uma grande coleção de recortes de jornais, cuidadosamente catalogados, que ele vinha reunindo ao longo dos anos. Em 1973, desligou-se do Museu, deixando seu sonho realizado. No dia de seus 90 anos recebeu do governo municipal, por iniciativa do prefeito Wilson Mânica o título de “Cidadão Ijuiense”. A Fidene o distinguiu com o título de “Professor Benemérito”. Ele viveu em Ijuí até falecer, aos 92 anos.
Fonte: Adaptado de Kema: informativo MADP, Ano I, Número 2, Julho 2008, p.2
Procedência: Doação de Martin Fischer e Carlota Fischer; Recortes de jornais do MADP
Âmbito e conteúdo: Contexto de Ijuí-RS (principalmente). A documentação é formado, tanto por itens produzidos por Martin Fischer, como por sua companheira Carlota, como documentos pessoais de identificação (carteira de identidade, certidões, atestados), agenda, alvará, cartas, cartões, cartão postal, certificados, correspondências, declarações, demonstrativos, diário, diploma, procuração, recibos, registros pessoais, correspondências. Também inclui parte dos seus recortes de jornais colecionados por Martin e matérias sobre sua vida e falecimento. Há documentos em idioma alemão.
Condições de Acesso: Originais disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância. Documentos iconográficos (Fotografias): em processamento técnico.
Instrumentos de pesquisa: Índice impresso e índice digital; Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP JFF
Título: Pastor João Ferreira Filho
Data(s): Década de 1940 – 2004
Nível de descrição: Coleção
Dimensão e suporte: Documentos Audiovisuais, Iconográficos, Sonoros, Textuais, Tridimensionais (Museologia).
Produtor: João Ferreira Filho
Biografia: João Ferreira Filho (11/02/1929-15/03/2004) nasceu em Pau dos Ferros, Rio Grande do Norte, filho de João Ferreira de Souza e Josefa Nogueira de Queiroz. De 1946 a 1953 atuou na Marinha de Guerra e cursou economia, quando lecionava matemática para cabos e sargentos fuzileiros navais. Seu reconhecimento público tem forte relação no contexto da Igreja Assembleia de Deus, principalmente como pastor, que teve início quando deixou definitivamente sua carreira nas Forças Armadas do Brasil para dedicar-se integralmente à religião. No ministério pastoral da igreja de ijuí permaneceu por 27 anos, recebendo o título de cidadão honorário do município. Sua esposa Gesy Vlieger Ferreira também foi reconhecida por suas ações filantrópicas, com destaque ao trabalho no Lar Bom Abrigo. Um de seus filhos, Gerson de Vlieger Ferreira foi Prefeito de Ijuí na gestão de 1994 a 1996.
História do arquivo: Documentação reunida pela Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Ijuí decorrente de uma homenagem ao Pr. João Ferreira Filho, por seus 27 anos de atuação pastoral nesta congregação. Em 2015, os líderes e familiares remanescentes decidiram encaminhar a documentação e objetos que estavam no espaço da igreja ao Museu.
Procedência: Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Carta de Doação ao Acervo: CDA 00040/2015 de 04/12/2015.
Âmbito e conteúdo: Documentos em diferentes gêneros como áudios, fotografias, vídeos, textos e objetos que fizeram parte do contexto de vida do Pastor João Ferreira Filho e sua trajetória no ministério pastoral da igreja evangélica Assembleia de Deus no noroeste do Rio Grande do Sul, inclusive atuando por 27 anos em Ijuí e posteriormente, em Porto Alegre. Também há documentos sobre o período em que era oficial da marinha das forças armadas do Brasil.
Sistema de arranjo: A coleção possui cinco seções referentes aos gêneros documentais: documentos audiovisuais; documentos iconográficos; documentos sonoros; documentos textuais; documentos tridimensionais. Os documentos foram listados e numerados conforme a seção por gênero.
Condições de acesso: Sem restrição de acesso até o momento. Documentos audiovisuais e sonoros sem reprodução.
Condições de reprodução: Parcialmente reproduzido (representantes digitais dos negativos flexíveis).
Instrumentos de pesquisa: índice impresso e índice digital; Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP CP
Data(s): 1937-1963 (Produção)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: 862 documentos textuais.
Nome(s) do(s) produtor(es): Monsenhor Pio Busanello.
Biografia: Monsenhor Pio José Busanello (26/09/1914-22/08/1955), também conhecido como Pe. Pio, nasceu em Nova Palma e foi vigário na Paróquia da Natividade por mais de 30 anos. Pe. Pio atuou em diversas áreas na comunidade de Ijuí: contribuiu com a fundação do Círculo Operário de Ijuí, que veio a dar origem a diversos Sindicatos Ijuienses; organizou e dirigiu o Coro “Santa Cecília” foi autor de arranjos e composições de cânticos sacros; foi mestre da Escola Normal sagrado Coração de Jesus; assistente do HCI; prestou serviços à população como radioamador. Ele faleceu em Nova Palma. Fonte: Adaptado do Guia Biográfico das ruas de Ijuí, de Luis Carlos Ávila, p.30-31.
Procedência: Ijuí-RS; Doação de Monsenhor Pio Busanello em 1969-1970 (Doc.Relatório 1969; Livro de doações recebidas 1970-1980).
Âmbito e conteúdo: Contexto de Ijuí-RS. O conjunto documental reúne documentos, em geral de sua atuação na função religiosa: atas de solenidade; cadernos/cadernetas de anotações; cadernos de genealogia; discursos; novenas; relatos; sermões; textos de diversos assuntos; textos de palestra; textos para rádio.
DESTAQUE NA COLEÇÃO
Cadernos de registros genealógicos, elaborados por Pio Busanello e constam sobrenomes de A a Z, que servem de apoio às pesquisas sobre famílias da comunidade local. Os documentos estão listados e possuem índice de sobrenomes em ordem alfabética.
Condições de Acesso: Originais parcialmente disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância.
Instrumentos de pesquisa: índice impresso e índice digital; Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP AR
Data(s): A partir de 1877 (Produção)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: Documentos iconográficos (processo fotográfico) e textuais.
Nome(s) do(s) produtor(es): Diversos.
História arquivística: A documentação começou a ser coletada e organizada na década de 1980. As definições sobre a classificação ocorreram a partir de 1985. Em 1987, os recortes de jornais realizados pelo museu desde de 1970 sobre os municípios foram incluídos na organização, conforme a cidade.
Fonte: Dossiês de bolsistas CNPQ; Relatório do Museu de 1985; Norma de organização da Divisão de Arquivos do Museu, s.d., p.30-35.
Procedência: Coleta, doação. Aquisição de diferentes doadores.
Âmbito e conteúdo: Contexto do Estado do Rio Grande do Sul. Conjunto formado por documentos textuais e fotografias sobre a memória dos municípios ou cidades do Rio Grande Sul, principalmente da região noroeste, com exceção de Ijuí.
Condições de Acesso: Originais disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância.
Instrumentos de pesquisa: índice impresso e índice digital; Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP AS
Data(s): A partir de 1983 (Acumulação); A partir de 1925 (Produção)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: Documentos iconográficos (processo fotográfico) e textuais.
Nome(s) do(s) produtor(es): Diversos.
História arquivística: O Museu recebeu a primeira parte de sua documentação a partir de 1983, dando-se início à organização em 1984. Posteriormente, em 1985 houve a aquisição oficial de documentos que estavam sob custódia de antigos sindicatos, mediante ato público de entrega, em comemoração aos 50 anos do Sindicato da Indústria e Comércio. Neste ano, as atividades de organização foram intensas sob coordenação, principalmente, em decorrência da Exposição Comemorativa aos 50 Anos do Sindicalismo em Ijuí. Na ocasião, o professor do Departamento de Ciências Sociais, Hilário Barbian, proferiu palestras sobre a história do sindicalismo operário brasileiro e ijuiense a um público de 567 pessoas, entre os quais professores, estudantes e operários. Em 1986 foram coletados recortes de jornais sobre entidades classistas, da coleção de recortes realizados pelo Museu na década de 1970.
Fonte: Cartas de doações de 1983; Relatório do Museu de 1984; Norma de organização da Divisão de Arquivos do Museu, s.d., p.30-38
Procedência: Coleta, doação. Aquisição de diferentes doadores.
Âmbito e conteúdo: Contexto do Estado do Rio Grande do Sul. O conjunto é formado por documentos textuais e fotografias com o objetivo de preservar documentos referentes a entidades sindicais na região noroeste do estado.
Condições de Acesso: Originais disponíveis em consulta local. Reproduções disponíveis no atendimento a pesquisas presencial e a distância.
Instrumentos de pesquisa: índice impresso e índice digital; Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Código de referência: BR RSMADP BI
Título: Biblioteca Museu Antropológico Diretor Pestana.
Nível de descrição: Coleção.
História arquivística: Os títulos reunidos provém de doações da comunidade e dos recolhimentos de setores da instituição, principalmente, com relação ao recebimento da produção intelectual e editorial (docentes e Editora Unijuí). A classificação das obras é de responsabilidade da Biblioteca Mario Osorio Marques, Campus Unijuí.
Âmbito e conteúdo: Reúne títulos ou publicações especializadas dentro de temas que têm relação com o acervo e a missão do Museu, como a memória e identidade cultural de Ijuí e Noroeste do Rio Grande do Sul, além de áreas que envolvem o fazer e a reflexão para a preservação do patrimônio material e imaterial: museologia; arquivologia; biblioteconomia; história social; arquitetura; conservação; sociologia. O acervo da biblioteca está organizado em diferentes coleções para distribuir os títulos conforme seus temas e procedências: Coleção Geral; Coleção do Arquivo Fidene (com produção intelectual da instituição e obras da Editora Unijuí); Coleção Grêmio Ijuiense de Letras (GIL); Coleção Martin Fischer; Coleção Pio José Busanello.
Condições de Acesso: O museu mantém na sala de pesquisa a sua biblioteca, com títulos disponíveis para pesquisa e empréstimo, como também títulos disponíveis apenas por consulta no local. O museu preserva títulos por seu valor histórico no arquivo climatizado, disponíveis apenas para consulta local, com exceção de obras com restrição de acesso, devido ao estado de conservação.
O empréstimo de títulos está liberado à comunidade interna institucional (docentes, técnicos e colaboradores de apoio) e estudantes da Unijuí e EFA. Para o acesso ao empréstimo, sem vínculo institucional clique aqui
Instrumentos de pesquisa: Acesse o catálogo on-line da Biblioteca Mario Osorio Marques, que inclui os títulos localizados no Museu.
Código de referência: BR RSMADP HE
Data(s): A partir de 1842 (produção)
Nível de descrição: Coleção.
Dimensão e suporte: Documentos textuais; 40 títulos de publicação.
Nome(s) do(s) produtor(es): Diversos.
História arquivística: A formação da hemeroteca ocorreu com a aquisição de diversos títulos de jornais, principalmente, durante a década de 1970 e 80. A política de guarda de jornais foi redefinida no ano de 2003 pelo Conselho de Direção do Museu e aprovada pelo Conselho Diretor da Mantenedora. Deste modo, O Museu levantou jornais que não seriam mais de interesse de guarda e fez a doação de 1530 volumes referentes a 68 títulos aos respectivos municípios produtores dos mesmos. Até esta data eram arquivados 92 títulos de jornais.
PROJETOS EXECUTADOS
“Preservação da Memória Jornalística de Ijuí”. Projeto executado através com patrocínio do Departamento Municipal de Energia Elétrica de Ijuí (DEMEI), por meio da Lei de Incentivo à Cultura do RS (LIC) no ano de 2004, que proporcionou a reprodução das edições dos jornais “Correio Serrano” e “Die Serra Post”, viabilizando a pesquisa, já que o estado de conservação dos originais não permitia mais o manuseio para consultas. Assim, os títulos foram microfilmados e digitalizados, totalizando 102 mil páginas. As reproduções estão disponíveis para acesso em banco de dados local, tanto as cópias em microfilme, por meio de equipamento de leitura, quanto as cópias digitalizadas.
“Difusão da memória social através da imprensa em ljuí e Rio Grande do Sul: conservação do acervo de jornais e acesso eletrônico às publicações sobre a revolução farroupilha (1838-1840) e o cooperativismo regional (1973-1994)”. Projeto executado através de financiamento do Pró-Cultura RS – Governo do Estado do Rio Grande do Sul – Edital SEDAC nº 07/2021 do Concurso FAC Patrimônio no período entre 2022 e 2023, submetido pela Associação de Amigos do Museu Antropológico Diretor Pestana (AMADP). A realização do projeto viabilizou atividades de conservação preventiva e de acesso para a pesquisa. Quanto à conservação, o Museu adquiriu um sistema de módulos de arquivos deslizantes de aço para a conservação preventiva dos jornais da coleção Hemeroteca (HE) e um ar-condicionado para a sala de reprodução documental. Quanto à difusão, um scanner de documentos de dimensão A2 foi adquirido para a digitalização dos títulos “O Povo” e “Cotrijornal”, a fim de garantir a preservação em longo prazo dos originais, por meio do acesso aos representantes digitais e seu inventário pela internet.
Âmbito e conteúdo: O objetivo da hemeroteca é preservar, tanto os jornais produzidos no município de Ijuí e Noroeste do Rio Grande do Sul. Também inclui títulos de cunho histórico e político, com temáticas relacionadas ao patrimônio histórico-cultural, por isso, a permanência de edições de fora do estado. Atualmente, o conjunto reúne 40 títulos, relacionados à cidade de Ijuí, Estado do Rio Grande do Sul e Brasil, em sua maior parte, proveniente de Ijuí e região. Na coleção, também há suplementos de diferentes locais, com temas comemorativos ou de âmbito histórico.
DESTAQUES NA COLEÇÃO
Jornais “Correio Serrano” e “Die Serra Post”: o Museu preserva edições de 1917 a 1988 do Correio Serrano e edições de 1919 a 1984 do Die Serra Post. As reproduções das edições pelo projeto “Preservação da Memória Jornalística de Ijuí” (2004) estão disponíveis para acesso em banco de dados local, tanto as cópias em microfilme, por meio de equipamento de leitura, quanto as cópias digitalizadas.
Jornais “Cotrijornal” e “O Povo”: O Museu preserva 220 edições entre 1973 e 1994 do Cotrijornal, produzido pela Cooperativa Tritícola Serrana Ltda (COTRIJUÍ) e o fac-símile das 160 edições de O Povo, jornal político, literário e ministerial da República Rio Grandense produzido no contexto da Guerra dos Farrapos. As reproduções das edições pelo projeto “Difusão da memória social através da imprensa em ljuí e Rio Grande do Sul: conservação do acervo de jornais e acesso eletrônico às publicações sobre a revolução farroupilha (1838-1840) e o cooperativismo regional (1973-1994)” estão disponíveis para consulta online através dos catálogos do “Cotrijornal” e de “O Povo”.
“Jornal da Manhã”: jornal produzido em Ijuí desde 1973, com todas as edições preservadas pelo Museu até os dias atuais. A coleção ainda não foi reproduzida, mas os originais podem ser consultados na sala de pesquisa e as reproduções de datas específicas podem ser solicitadas mediante atendimento presencial ou a distância (agende sua pesquisa).
Condições de Acesso: Disponível para consulta local dos originais.
Condições de reprodução: Parcialmente digitalizado.
Instrumentos de pesquisa: índice impresso e índices digitais (índice de títulos); Sistema de informações arquivísticas (Guia, Inventário e Catálogo / representantes digitais).
Temas do Acervo
O Museu é reconhecido pelo expressivo volume de documentos iconográficos por processo fotográfico encontrados nos Fundos Arquivo FIDENE e Luiz Germano Gieseler, nas coleções Família Beck, Eduardo Jaunsem, Ijuí, Jornal da Manhã, Foto Bandeira, Pastor João Ferreira Filho, Indígena, Regional e Sindicalismo. A grande quantidade de fotografias, principalmente as analógicas, representa um legado enquanto patrimônio cultural que a instituição preserva, principalmente com documentos que datam desde a colonização da região noroeste do Rio Grande do Sul, reforçando-se a prática fotográfica como uma característica cultural daquele período.
Atualmente, o acervo iconográfico representa diferentes fases da prática fotográfica através de seus variados suportes como os negativos, as cópias por contato, as ampliações e a presente imagem nato digital. Mas, o que mais desperta a atenção de pesquisadores é o suporte em negativo de vidro, considerado tecnicamente de alta durabilidade de conservação e qualidade da imagem. De acordo com um levantamento publicado em 2012 (STROHSCHOEN, 2012, p.43), o Museu Antropológico Diretor Pestana destaca-se junto com outras duas instituições de custódia, como entidades que preservam o maior volume de negativos de vidro, cujo número por instituição ultrapassa a quantidade de 10.000 placas: somente no MADP, conforme último levantamento realizado, ao todo o número de placas ultrapassa um pouco mais que 14.000 nas coleções Família Beck, Eduardo Jaunsem, Luiz Germano Gieseler e Ijuí.
A relevância enquanto patrimônio documental representado pelo acervo fotográfico do Museu Antropológico Diretor Pestana pode ser constatada pelos recursos externos obtidos para a implantação de projetos de processamento técnico desses documentos. Diferentes temas que podem ser identificados nas imagens de documentos fotográficos de fundos e coleções do MADP:
0 GENERALIDADES (0.1 Paisagens; 0.2 Vistas urbanas e rurais; 0.3 Fenômenos da natureza; 0.4 Animais; 0.5 Objetos; 0.6 Arquitetura e construções).
1 GENEALOGIA (1.1 Casais e Famílias; 1.2 Indivíduos; 1.3 Grupos).
2 COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE (2.1 Meios de comunicação; 2.2 Meios de transporte; 2.3 Acidentes com meios de transporte).
3 ECONOMIA (3.1 Agropecuária; 3.2 Comércio; 3.3 Indústria; 3.4 Prestação de serviços; 3.5 Energia; 3.6 Eventos).
4 EDUCAÇÃO E CULTURA (4.1 Ensino; 4.2 Ensino especial; 4.3 Movimento estudantil; 4.4 Folclore; 4.5 Apresentações artísticas; 4.6 Instituições culturais; 4.7 Eventos; 4.8 Obras de Arte).
5 VIDA SOCIAL ESPORTE E LAZER (5.1 Casamento e bodas; 5.2 Eventos; 5.3 Esporte; 5.4 Entidades esportivas e recreativas; 5.5 Lazer).
6 POLÍTICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (6.1 Administração pública; 6.2 Organizações militares; 6.3 Partidos políticos; 6.4 Eventos).
7 RELIGIÃO (7.1 Ritos; 7.2 Eventos; 7.3 Edificações; 7.4 Religiosos e leigos).
8 SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL (8.1 Hospitais e centros médicos; 8.2 Institutos e cooperativas médicas; 8.3 Entidades assistenciais; 8.4 Eventos).
CULTURA FOTOGRÁFICA: MEMÓRIA E PATRIMÔNIO DE IMIGRAÇÃO
Os documentos iconográficos provenientes da atividade de fotógrafos fizeram parte do contexto inicial de Ijuí, desde a fase de colônia, no período entre 1890 e 1912, até a fase de municipalização na década de 1930. Assim, tem-se como destaque a Família Beck, Eduardo Jaunsem e Luiz Germano Gieseler, que embora tenham produzido documentos fotográficos no período inicial da colônia, suas criações se estendem até a segunda metade do século XX, como o conjunto da família Beck, com imagens que datam até a década de 1980, produzidas por Alfredo Beck. A documentação relacionada a cada fotógrafo também reúne diferentes gêneros documentais, como os textuais e os objetos museológicos para contextualizar a origem da volumosa produção de documentos por processo fotográfico. Portanto, uma das características em comum nesta documentação, além do valor qualitativo é a presença de grande quantidade dos suportes em negativo de vidro.
A seguir, assista ao documentário produzido pelo Museu e exibido no dia 18 de outubro de 2020, na programação Fenadi Virtual: “A História da Fotografia e a importância do Museu nesta história”.
Genealogia é o registro da história de nossos ancestrais sob forma de texto ou árvore genealógica da família, com nomes, datas e lugares por onde eles passaram para conhecimento de seus descendentes. Ao estruturar a árvore genealógica de sua família faça uma pesquisa nos documentos de identidade, certidões dos seus pais, tios, avós e bisavós para se descobrir os nomes dos antepassados, quando e onde nasceram, casaram e faleceram, e de onde vieram. A partir daí pode-se programar visitas a cartórios, cemitérios, paróquias e ao museu para levantamento de dados mais antigos.
No Museu Antropológico Diretor Pestana, os documentos que tratam de indivíduos e famílias foram adquiridos a partir de doações. As doações recebidas pela comunidade seguem critérios que auxiliam na organização dos conjuntos preservados no MADP, neste sentido você também pode nos ajudar a partir das orientações em doação ao acervo.
Confira o índice de sobrenomes identificados nas imagens de documentos fotográficos de fundos e coleções do MADP: Índice de sobrenomes.
Confira os índices de sobrenomes dos documentos textuais: Sobrenomes de A a M; Sobrenomes de N a Z e assuntos gerais.